Segurança

Atenção e cuidado ao usar transporte por aplicativo; confira dicas

A livre concorrência gera facilidade e bons preços, mas também pode jogar no mercado todo tipo de pessoas; ter cuidados ao viajar sozinho nunca é demais

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Ao pedir uma corrida, o ideal é compartilhá-la com alguém próximo
Ao pedir uma corrida, o ideal é compartilhá-la com alguém próximo ( Os veículos que operam o aplicativo Uber não poderão ser apreendidos)

SÃO LUÍS - O transporte por aplicativo já é uma realidade em muitas cidades, e na Grande Ilha não é diferente. O serviço, além de proporcionar tarifas de um valor mais baixo do que os táxis, oferecem outras comodidades, como o compartilhamento das viagens, tipos de veículos e até mesmo a visualização do preço antes da corrida. No entanto, a utilização desse meio de transporte inspira alguns cuidados e condutas que garantam segurança, principalmente, do passageiro, pois já houve a ocorrência nas quais condutores desse tipo de serviço estavam envolvidos com empreitadas criminosas, inclusive em São Luís.

No mês de setembro de 2017, o motorista de aplicativo, identificado como Alef Gustavo Mendes de Azevedo, de 23 anos, foi conduzido ao Complexo Penitenciário, acusado de roubo qualificado. Segundo o delegado do Plan­tão da Polícia Civil do Cohatrac, Sebastião Uchoa, Alef Mendes alugou um veículo Ford Ka preto, de uma locadora na capital, mas estava sem trabalhar há três dias e não tinha dinheiro.

Ele, portando uma arma de fo­go, roubou o celular de uma pessoa, no Cohatrac. Só que, logo após o assalto, teria sido acionado para pegar uma passageira, na Vila Embratel, mas, ao passar pela Avenida dos Holandeses, foi preso por uma guarnição da Polícia Militar.

A outra prisão ocorreu no mês de dezembro do ano passado. O motorista de aplicativo Douglas da Silva Barbosa foi preso em cumprimento de ordem judicial, na cidade de Imperatriz, acusado da morte do prefeito de Davinópolis, Ivanildo Barbosa de Paiva.

Esse crime ocorreu no mês de novembro de 2018, em Davinópolis. A polícia informou que ele teria alugado o veículo, usado pelos criminosos no dia do assassinato, um Ônix de placas QNV-1313, de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais. O carro também foi apreendido para ser periciado.

Mulheres mais vulneráveis

O Estado entrevistou alguns usuários desse tipo de serviço e a maioria declarou que as mulheres se sentem mais vulneráveis e tomam mais cuidados do que os homens. A funcionária pública Lilany Almeida, de 29 anos, disse que evita ao máximo utilizar o transporte por aplicativo, quando está sozinha, optando sempre por compartilhar o menor percurso com uma pessoa conhecida.

Ela ainda disse que muita vezes compartilha o trajeto, via aplicativo, com um familiar ou vizinho, também as informações do carro do qual está sendo passageira. “Não sabemos quem é a pessoa está conduzindo o carro, então, é ideal compartilhar o trajeto para uma pessoa amiga”, comentou a funcionária pública.

Maria de Jesus Neves, de 34 anos, relatou que prefere sentar no banco atrás do motorista, evitando ficar no campo de visão do condutor, e jamais espera o carro na rua com o celular nas mãos, de forma distraída. “A pessoa distraída pode até mesmo pegar um falso motorista, e sempre digo que foi o meu marido que escolheu o trajeto”, afirmou.

A vendedora Ana Clara Silva, de 28 anos, disse que usa o aplicativo quando retorna de festas, durante o período da noite e madrugada, mas sempre acompanhada, e evita o máximo conversar com o motorista. “Não sento ao lado do condutor e também evito puxar papo para que não seja surpreendida com algum tipo de pergunta de cunho muito pessoal ou desconfortante”, declarou Ana Clara.

Enquanto, José de Ribamar Pereira, de 42 anos, disse que ao solicitar o transporte por aplicativo apenas leva em consideração o tipo de carro e o preço da corrida. “Gosto de andar em um carro confortável e com um preço barato”, disse Ribamar Pereira.

O Estado entrou em contato com a assessoria de Comunicação do Estado para saber se existe investigação sobre envolvimento de motoristas de aplicativo em ações criminosas ou, até mesmo, se esse assunto já foi tratado com a cúpula da Polícia Civil, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. Também não obteve resposta da assessoria de Comunicação das empresas de transporte por aplicativo, questionadas sobre que tipos de exigências fazem para o ingresso dos motoristas ou as medidas tomadas quando um condutor é preso, acusado de ter cometido algum tipo de empreitada criminosa, como assédio a passageiro, roubo, latrocínio ou homicídio.

SAIBA MAIS

No mês de fevereiro deste ano, a Câmara Municipal de São Luís aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei nº 001/2017, de autoria do vereador Paulo Victor (PTC), que regulamenta o serviço de transporte individual de passageiros por meio de aplicativos - a exemplo do Uber e do 99 - na capital. O projeto foi aprovado sem nenhuma das restrições que haviam sido sugeridas por parlamentares alinhados a motoristas de táxi, como a limitação no número de veículos por aplicativo e quanto ao número de motoristas cadastrados.

Dicas de segurança quando usar o transporte por APP

- Sempre avise alguém
- Compartilhe a viagem
- O passageiro sempre deve sentar no banco traseiro atrás do motorista
- Coloque o celular para despertar
- Informe para alguém o tipo de veículo
- Não aceite água ou balas
- Use também o seu GPS
- Não converse muito com o condutor
- Tente memorizar o nome do motorista, a sua fisionomia e a placa do automóvel
- Se notar algo estranho, desça imediatamente

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