Polícia Federal

É "grande exagero" diz Maia sobre relatório da PF

Presidente da Câmara criticou relatório final da PF que atribui a ele os crimes de corrupção

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Rodrigo Maia considerou exagero da Polícia Federal em relatório final de inquérito
Rodrigo Maia considerou exagero da Polícia Federal em relatório final de inquérito (Rodrigo Maia)

Brasília

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou ontem o relatório final da Polícia Federal (PF) que atribui a ele os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral (caixa dois) e lavagem de dinheiro em esquemas da Odebrecht. O documento afetou o mercado financeiro na segunda-feira, 26, quando foi divulgado.
Maia hoje é considerado o principal fiador das reformas no Congresso e um contraponto às posições do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Analistas do mercado justificaram a preocupação afirmando que o presidente da Câmara é um fator de estabilidade frente à insegurança política que ronda o Planalto.
Na segunda, uma pesquisa do instituto MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostrou que a desaprovação do desempenho pessoal de Bolsonaro saltou para 53,7% em agosto, ante 28,2% em fevereiro. E que o índice dos que avaliam seu governo como péssimo saltou 20 pontos porcentuais no mesmo período, chegando aos 39,5%.
"É democrático (o relatório da PF). Não sou daqueles que critico análise. Faço a crítica no mérito. E no mérito você tratar de influência política como ato de corrupção é um grande exagero por parte de quem seja. Acredito nas instituições. Para isso, nós temos um sistema em que eles fazem a investigação e a PGR faz a avaliação", afirmou Maia.
Líderes ouvidos pela reportagem afirmaram que a reação do mercado é "natural" e "previsível" dada a instabilidade política do País nos últimos anos. De acordo com duas lideranças do chamado Centrão - bloco formado por DEM, PP, PL, Republicanos e Solidariedade -, não há, neste momento, chance de o Parlamento perder a confiança em Maia à frente das reformas.
Os parlamentares afirmam ainda que o cenário atual diverge dos últimos anos por dois aspectos: o primeiro é que as acusações contra Maia não trazem elemento novo e não há, hoje, uma força política organizada no Congresso para fazer uma oposição política capaz de abalar o apoio do presidente da Câmara.

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