Ações pontuais

Animais são resgatados pelo BPA na Região Metropolitana de São Luís

Somente neste ano, mais de 90 animais foram resgatados pelo Batalhão, além de 20 conduções à delegacia e 27 termos circunstanciais lavrados

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Ação do Batalhão de Polícia Ambiental no combate à comercialização clandestina de madeira no interior e capital do Maranhão
Ação do Batalhão de Polícia Ambiental no combate à comercialização clandestina de madeira no interior e capital do Maranhão (BPA)

Noventa e um animais resgatados entre aves, répteis e mamíferos, 20 conduções à delegacia, 27 termos circunstanciais de ocorrências lavrados, mais de 500 metros cúbicos de produtos florestais (madeira e carvão) apreendidos, além de
R$ 284.239 em multas aplicadas. Este é o resultado das diversas operações, policiamento e fiscalizações realizadas ao longo deste ano, na Grande Ilha, pelo Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), da Polícia Militar, localizado na área do Coroadinho.
O BPA, no momento, é comandando pelo coronel José Ribamar Lisboa, e conta com o efetivo de 116 policiais. Destes, 97 estão disponíveis para o pronto emprego. A unidade também tem nove veículos, uma embarcação náutica, armamen­tos e equipamentos, e entres estes colete, espargedor, cassetete e tonfa de dotação da Polícia Militar.
O coronel Lisboa ressaltou que os integrantes do BPA podem intervir em qualquer situação de crimes comuns, e também, especificamente em crimes ambientais. Os integrantes do BPA têm a missão de salvaguardar a fauna, flora e demais recursos naturais do estado. Exerce, principalmente, sua atividade nas unidades de conservação no Maranhão.

Apreensões
Lisboa informou que o BPA já realizou diversas operações na Região Metropolitana de São Luís, durante este ano. Um dos cercos, ocorrido no mês de fevereiro, resultou na apreensão de três filhotes de tucano e dois periquitos, que foram encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na Forquilha. O proprietário dos animais foi conduzido para a Delegacia Especial do Meio Ambiente, com a lavratura do auto de infração, e aplicação de multa no valor de R$ 32 mil.
O BPA também apreendeu, este ano, um araponga, 21 bigodinhos, dois papagaios, um araçari, um corrupião, um xexéu, uma paca, um tatu, oito marrecos, 34 jaçanãs e dois papa-capins. A maior parte das apreensões ocorreu no mês de julho, um total de 42 animais. No ano passado, foram recolhidas na Ilha 85 aves, sete répteis e sete mamíferos.
Somente de madeira serrada, os integrantes do batalhão apreenderam no decorrer deste ano um total de 536,396 metros cúbicos. Apenas no mês de junho, foram recolhidos 224,416 metros cúbicos. Enquanto de carvão vegetal, foram apreendidos 34,25 metros cúbicos. O mês de maio foi o período deste ano em que mais ocorreu apreensão, 22,857 metros cúbicos.
Também durante os cercos que ocorreram na Região Metropolitana de São Luís, foram apreendidos seis maquinários, como trator, pá carregadeira, retroescavadeira e motosserra e sete caminhões. Entre estes, scânia bitrem e caminhão-baú.

Operação temporada
Os integrantes do BPA durante o mês de julho deste ano participaram da operação Temporada, e monitoraram e controlaram os principais acessos ao parque e rondas volantes aos atrativos nas Áreas Funcionais do Atins, Lagoas, Queimada dos Britos, Travosa e Santo Amaro nos municípios de Barreirinhas e Santo Amaro, área dos Lençóis Maranhen­ses como ainda da pesca ilegal de camarão.
O método utilizado para a captura do crustáceo é o arrasto. Um dos principais impactos da pesca de arrasto é a destruição de habitats, maior causa de perda de biodiversidade marinha mundial. Além da destruição de habitats há o outro problema que é a captura acidental de peixes, moluscos, mamíferos, tartarugas, e aves marinhas. A pesca de arrasto no Maranhão é proibida a menos de 3 milhas náuticas da costa.

Números

91 animais resgatados durante este ano na Grande Ilha pelo BPA
20 conduções para a delegacia
6 veículos apreendidos durante cerco do BPA
536,396 metros cúbicos de madeira serrada apreendidas

SAIBA MAIS

Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA)

Onde: Sede do BPA, no Coroadinho
Função: Podem intervir em qualquer situação de crimes comuns, mas especificamente nos crimes ambientais
Local de atuação na Ilha: Nas unidades de conservação como no Parque Estadual do Bacanga, da Lagoa da Jansen, do Sítio Rangedor, do Itapiracó, Área Ambiental do Maracanã, além das feiras e mercados e a Ponta da Espera. O policiamento é feito a pé, motorizado, bicicleta e náutico
Denúncia de crime ambiental: Podem ser feitas via Ciops (190), Sema, pelo número 31948910 ou para o telefone do batalhão 2016-8486.

ABRINDO O JOGO

Coronel José Ribamar Lisboa - comandante do Batalhão de Policiamento Ambiental

Como o Batalhão de Policiamento Ambiental atua na Grande Ilha?
Na região metropolitana, realiza trabalhos diuturnamente em importantes unidades de conservação, a saber, como no Parque Estadual do Bacanga, da Lagoa da Jansen, do Sítio Ragendor, do Itapiracó, Área Ambiental do Maracanã, além das feiras e mercados e a Ponta da Espera. O policiamento é feito a pé, motorizado, bicicleta e náutico.

A educação ambiental é uma ferramenta muito relevante e utilizada pelos integrantes do BPA?
A educação ambiental visa conscientizar a sociedade sobre a importância do meio ambiente.

Como são feitas as denúncias de crime ambiental?
A maior parte das denúncias demandadas ao BPA é oriunda da Sema, Ibama, ICMbio, Incra, Aged, secretarias municipais, Ministério Público e outros órgãos municipais e estaduais. As denuncias podem ser feitas via Ciops (190), Sema, pelo número 31948910 ou para o telefone do batalhão 2016-8486.

O BPA hoje já trabalha utilizando aparato tecnológico?
O batalhão, na execução dos seus trabalhos, utilizam os seguintes recursos tecnológicos: aparelho de Sistema de Posicionamento Global (GPS), softwares e drone.

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