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AGED: presente e futuro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

Mais de 500 mil clientes são recebidos anualmente nos postos da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED-MA), na busca dos vários serviços oferecidos pela autarquia. Atualmente, na chegada, deparam-se com instalações físicas arruinadas e equipamentos eletrônicos sucateados (bem como parte da frota). Sobra a dedicação dos servidores do Grupo AFA (Atividade de Fiscalização Agropecuária) no atendimento. Que ainda creem na correção dos rumos.

No recente VI Seminário de Formação Sindical, realizado em Caxias, paralelamente aos temas de caráter político-sindical, discutiu-se o cenário da autarquia, as ameaças que pairam sobre sua existência e a necessidade de uma imediata injeção de ânimo nos seus servidores. Pois o comportamento missionário das atividades deles tende a esgotar-se, pela exaustão.

Pela enésima vez avaliou-se o Projeto “AGED que Queremos para o Futuro”, proposta de profunda reestruturação da Agência, forjada pelos que atuam na base, renovada e plenamente aprovada pelos servidores. Do qual, o governo utilizou, APENAS, uma das sugestões - a criação do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar Artesanal e de Pequeno Porte (SUSAF), encaminhado, em forma de projeto de lei, à Assembleia Legislativa (Diário de 11.07.2019). Ora vivas!

Mas indagou-se sobre a indiferença com que alguns entraves, insistentemente denunciados, são tratados por quem de direito. Por quê os aprovados no concurso público (luta de uma década) ainda não foram nomeados? Os repasses da receita própria da autarquia estão sendo integralmente feitos? Até quando a penúria das instalações físicas arruinadas, da frota e dos equipamentos eletrônicos sucateados? Para não citar outros problemas de menor monta.

À unanimidade, acordou-se que os serviços de defesa agropecuária precisam merecer a prioridade do governo. Da complementação dos quadros técnicos à recomposição dos equipamentos eletrônicos. Para responder ao anseio de servidores e público-alvo. E em respeito à posição da AGED nos fóruns nacionais e internacionais nos quais tem assento e poder de decisão.

Ao contrário do que alardeiam os que tentam desacreditar os sindicatos, o SINFA atua responsavelmente, planejando e executando, fazendo e ensinando. Não se vale de dados difusos e discursos vazios, mas de informações de fontes seguras e sérias, como o DIEESE, cujos demonstrativos financeiros utilizam fundamentam-se no que os Estados levantam e divulgam em seus Relatórios de Gestão Fiscal.

A atual ameaça de boicote dos países clientes dos nossos produtos, usando o viés do descaso ambiental, basta, por sí só, para aconselhar cuidados com a qualidade dos alimentos que entregamos ao consumo, importante item da receita contributiva do orçamento nacional. Se ignorarmos as regras da segurança alimentar e da saúde pública, abriremos brechas permissivas à adoção de barreiras sanitárias às exportações brasileiras. È tudo o que os concorrentes inescrupulosos querem; mas é o que não queremos: nem para o presente, nem para o futuro.


Diego do Amaral Sampaio

Fiscal Estadual Agropecuário - presidente do SINFA-MA


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