Parque dos Gaviões

Complexo Parnaíba é enquadrado como prioritário para o Governo Federal

Eneva poderá emitir debêntures incentivadas e ampliar investimentos para exploração e produção de gás

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Ministro Bento Albuquerque (direita), o secretário do Ministério da Economia, Alexandre Manoel Angelo, e o diretor de Relações Institucionais da Eneva, Damian Popolo
Ministro Bento Albuquerque (direita), o secretário do Ministério da Economia, Alexandre Manoel Angelo, e o diretor de Relações Institucionais da Eneva, Damian Popolo (eneva)

BRASÍLIA - O Ministério de Minas e Energia classificou o Parque dos Gaviões, no Complexo de Parnaíba (MA), operado pela Eneva, como projeto prioritário para o governo. O anúncio ocorreu na quinta-feira (22), durante o lançamento do Programa de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Terra (Reate 2020), em Brasília. Com o enquadramento, o objetivo é impulsionar a captação de novos investimentos.

O evento contou com a presença do ministro da pasta, Bento Albuquerque; o secretário de Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia, Alexandre Manoel Angelo; o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral.

A classificação do projeto como prioritário permite que a companhia emita debêntures incentivadas de infraestrutura. Tratam-se de títulos privados de renda fixa, de médio ou longo prazo, com o propósito de conseguir novos recursos para financiamento de projetos. As debêntures incentivadas têm uma série de vantagens fiscais para investidores, como isenção do imposto de renda.

"O enquadramento como projeto prioritário permitirá à companhia investir na exploração e produção de gás na Bacia do Parnaíba, promovendo o desenvolvimento para o interior do país", afirmou Damian Popolo, diretor de Relações Institucionais da Eneva.

O ministro de Minas e Energia enfatizou a importância de expandir o mercado de gás para a economia nacional. "Tenho certeza que com o apoio e atuação de todos os segmentos envolvidos, seremos capazes de vencer os desafios de explorar e aproveitar a produtividade do onshore e entregar os resultados que a sociedade almeja e merece", ressaltou Albuquerque.

Modelo

No Maranhão, a Eneva desenvolveu um modelo pioneiro no país, o chamado "Reservoir-to-wire", que consiste na geração de energia nas proximidades dos poços produtores de gás em terra. Com este modelo, é possível produzir em bacias terrestres mesmo em locais onde não há infraestrutura de gasodutos, uma vez que a produção é escoada pelas linhas de transmissão.

O modelo foi ressaltado pelo presidente da EPE, que sugeriu sua replicação em outros estados brasileiros. "Temos exemplos bem-sucedidos nessa área no Brasil, como a Eneva, que podem ser multiplicados oferecendo uma alternativa interessante de monetização e de recursos importantes para o setor elétrico", disse Barral.

Atualmente, o Complexo de Parnaíba conta com quatro usinas em funcionamento, e uma quinta está sendo construída pela Eneva, Parnaíba V, com investimento de R$ 1,3 bilhão. A operação é responsável por gerar 11% da capacidade térmica a gás do país.

Além de contribuir para a segurança energética do Estado e para a modicidade tarifária, a Eneva traz desenvolvimento para os municípios onde atua. A empresa é a única empresa a produzir gás no Maranhão, e sua produção já gerou o pagamento de R$ 400 milhões em royalties e participações governamentais. A operação integrada na região do Médio Mearim – ou seja, a produção de gás associada a geração de energia – foi o que permitiu que o Estado se tornasse produtor de gás natural.

REATE 2020

O Reate 2020 visa fomentar a exploração e a produção de petróleo e gás natural em terra, com a finalidade de propiciar o desenvolvimento regional e estimular a competitividade nacional. Após a cerimônia de lançamento, pela manhã, teve início o workshop para detalhamento do plano de ação do projeto.

Ao longo de dois dias, representantes de diversos segmentos do setor petrolífero onshore do país estarão reunidos para, em grupos, debater sobre inovação e regulação, institucionalização da indústria, gás, multiplicação das companhias e promoção da livre concorrência.

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