Quem acaba de oferecer aos maranhenses, nascidos em São Luís, uma prova insofismável de amor a esta inigualável cidade é o saudoso professor José Maria Ramos Martins, no seu livro de memória, intitulado “Retalhos de uma vida”, lançado recentemente pela Edufma. Benedito Buzar

Quem acaba de oferecer aos maranhenses, nascidos em São Luís, uma prova insofismável de amor a esta inigualável cidade é o saudoso professor José Maria Ramos Martins, no seu livro de memória, intitulado “Retalhos de uma vida”, lançado recentemente pela Edufma.

Na página 78, ele, registra, com refinada propriedade o que São Luís proporcionava para a juventude viver fraternalmente e saudavelmente com a família e os amigos, nos tempos em que ele era um garoto que despontava para a vida como uma das figuras humanas mais importantes de sua geração.

Com a palavra o mestre querido: “A São Luís de outrora era muito diferente da atual: tranquila, limpa acolhedora, trazia paz aos espíritos, era uma cidade para intelectuais.”

“Sua arborização e seus jardins floridos, com as belas fontes do Ribeirão e das Pedras, então bem conservadas, convidavam ao lazer à meditação. Lembravam as alamedas de tílias, da Konigsberg de Kant.”

“Em frente ao Palácio do Governo, na então Avenida Maranhense, hoje Dom Pedro II, paravam os bondes Gonçalves Dias e Estação, em meio a áreas ajardinadas de ambos os lados. Era muito agradável passear pela cidade nesse tempo, livres de assaltos e de todos os percalços atuais.”

“Ainda que muitos não acreditem, São Luís cheirava a limpeza. As ruas eram varridas, parece-me pelos presos da cadeia pública, situada ali onde é hoje o Hospital Presidente Dutra. Capinavam-se as ruas (não eram asfaltadas), para tirar o mato de entre as pedras do calçamento, varriam-se as calçadas. Enfim, limpava-se tudo.”

“Não havia absolutamente nenhum perigo em se andar à noite pela cidade. Rapazinho de treze para quatorze anos, às vezes eu chegava em casa entre nove e nove e meia da noite, vindo do cinema, onde foram acompanhar um seriado. Se encontrava um guarda-noturno, ele só queria saber de e onde eu vinha e onde morava, para, se fosse o caso, encaminhar-me com segurança. A cidade era bem policiada. À noite, ouvia-se o trotar da cavalaria pelas ruas.”

Com base no que escreveu o meu saudoso professor da Faculdade de Direito de São Luís, a partir da próxima semana, tentarei sempre que a pauta me permitir, relatar através desta coluna o que era a cidade que escolhi para dar continuidade aos meus estudos e de viver pelo tempo que Deus me conceder.

Começarei, evidentemente, pelas coisas que chamaram a minha atenção quando aqui aportei no começo de 1950, no viço dos meus 12 anos, e encontrei uma cidade carinhosamente agradável para morar e nela estou até hoje e onde conquistei grandes amizades, estudei e fiz o curso superior e aproveitei o que de bom apresentava em matéria de diversão e entretenimento.

Não esquecerei de contar, também, os atos e fatos relativos aos namoros, noivado e casamento com a mulher dos meus sonhos e que até hoje é a minha fiel e leal companheira, que me deu um filho e este me proporcionou a indizível alegria de ser o avô de Luísa.

Doença morose

Depois que o juiz Sérgio Moro, trocou a toga pelo cargo de ministro, parece que os magistrados foram atacados por uma doença chamada Morose.

No Maranhão, até agora, dois magistrados, ambos federais, parece afetados pela doença do juiz Moro: Carlos Velloso e Carlos Madeira.

Querem ser prefeitos de São Luís, tarefa nada fácil para quem é neófito na política.

Vivia de fama

O deputado Márcio Jerry, em São Luís, tem fama de audacioso, valente e bom de briga

Mas, em Brasília, no recinto da Câmara Federal, ao ser desafiado por um deputado chamado de Boca Aberta, Márcio Jerry mostrou que a sua valentia só funciona em São Luís.

Ironia da política

O meu querido amigo Luiz Fernando Silva, trocou a prefeitura de Ribamar por um cargo no Governo do Estado, para tocar os seus projetos políticos.

Assume o cargo de Prefeito de Ribamar, o vice, Eudes Sampaio, que vem realizando uma boa administração.

Moral da história: a estrela de Luiz Fernando ficou sem luz e a de Eudes ganhou espantosa luminosidade.

Vitor Mendes

Encontrei o ex-deputado federal Vitor Mendes e a pergunta veio na ponta da língua: - Você será candidato a prefeito de São Luís pelo MDB?

A resposta foi quente: Eu agora sou candidato a viver.

Desempenho de Rômulo

O maranhense, Rômulo Estrela, saiu de São Luís ainda garoto, com vontade de ser ator global, e com esforço, tenacidade e entrega, chegou na Vênus Platinada.

Pelo seu desempenho na novela Bom Sucesso, a crítica em peso diz que ele: “É um ótimo ator e preparadíssimo para qualquer papel de protagonista”.

Médicos e clientes

Alguns médicos em São Luís, precisam ser mais atenciosos, responsáveis e respeitosos com os clientes.

Marcam para chegar aos consultórios às 10 horas, mas só saem de casa por volta das 11 horas, porque acordam tarde.

Enquanto isso, o cliente, que chega cedo ao consultório, perde tempo e se exaspera de tanto esperar.

Blitz urbana

Os servidores da Prefeitura de São Luís não encontraram dificuldade para remanejar os camelôs da Rua Osvaldo Cruz para os lugares de origem.

Sem violência ou agressões, os camelôs retornaram às ruas adjacentes ou transversais à Rua Grande, de modo pacífico e ordeiro, graças a um trabalho muito bem organizado e planejado pela Blitz Urbana, que merece aplausos.

Tadeu já deu o tinha que dar

O médico Tadeu Palácio, para chegar à prefeitura de São Luís, cumpriu dois mandatos na Câmara Municipal, onde ganhou experiência e conheceu os problemas da cidade.

Depois, elege-se vice de Jackson Lago e exerce, em seguida, o cargo de prefeito, gestão que teve como ponto alto a Feira do Livro.

Agora, filiou-se ao PSL, para tentar ser prefeito pela terceira vez. Um conselho de amigo: sai dessa, Tadeu, pois não tem Bolsonaro que tome essa eleição de Eduardo Braide.

Medalha desmerecida

Alguém, além do deputado Zé Inácio, poderia me dizer o que Glenn Greenwald já fez pelo Maranhão para receber a Medalha do Mérito Legislativo, a mais alta comenda do Poder Legislativo de nossa terra?

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