Artigo

Homenagem ao escritor Bernardo Almeida

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

Aqui, hoje, peço aos leitores e às leitoras deste artigo que se lembrem do escritor e jornalista Bernardo Coelho de Almeida, que nasceu em São Bernardo, no Maranhão, a 13 de junho de 1927, e faleceu aos 69 anos, no dia 4 de agosto de 1996, às 11h30, no Hospital Dante Pavanesi, em São Paulo, Capital.

Ele foi sepultado na cidade onde nasceu, e aí deixou muitas saudades. Ele foi, sem dúvida, excelente filho, esposo, pai e avô. Deixou viúva a senhora Maria Augusta da Silva Almeida, três filhos: Fernando José, Carlos Augusto, Maria Carmencita e dez netos.

No dia 4 de dezembro de 1965, eu fui à sua residência, em São Luís, capital do Maranhão, onde ele me ofereceu o livro de crônicas, de sua autoria, denominado “Galeria”, e no qual ele deixou está inesquecível dedicatória: “Para José Carlos, meu conterrâneo e irmão de ideal literário, com a estima de Bernardo Almeida, São Luís, 04/12/1965”.

Diante dessa dedicatória fiquei muito emocionado e feliz. Vi no seu autor a grandeza e gentileza de sua alma, impulsionando a sua memória fraterna e o seu coração cordial diante de um jovem com apenas 21 anos de vida e lutando nos trabalhos e nos estudos e assim objetivando o melhor.

O escritor e jornalista Bernardo Coelho de Almeida foi ocupante da Cadeira nº 14, na Academia Maranhense de Letras, cujo patrono é Raimundo Nina Rodrigues, o seu fundador é Antônio Francisco Lobo, e sendo seus antecessores Achilles de Faria Lisboa e Odilon da Silva Soares. Hoje, o ocupante dessa Cadeira é o dr. Edson Vidigal.

A Academia Maranhense de Letras tem, sem dúvida, uma história imensa e sempre foi, é e será uma instituição que guardou, guarda e guardará os seus membros efetivos, imortais, cujas produções literárias, artísticas e científicas estão por aí no Maranhão, em especial, no Brasil e no mundo como inesquecíveis lições para humanidade inteira.

Assim, hoje, a Academia Maranhense de Letras, dirigida pelo seu presidente dr. Benedito Bogea Buzar, permanece sendo excelente e eterno abrigo da inteligência e da cultura das pessoas que sempre fizeram e fazem do melhor nos seus trabalhos e nos seus estudos e, por isso, são Imortais.

Eu digo sempre: “Após a morte somente o corpo vai, pois é sepultado, porém a sua alma, em face do que realmente produziu, fica e assim está na eternidade. O seu corpo serviu-lhe apenas como instrumento nas suas realizações eternas.”

Assim sendo, por aí está a alma de Bernardo Coelho de Almeida em conseqüência do que de melhor realizou na literatura e no jornalismo no Brasil e, em especial, no Maranhão, sua Terra-berço e também de muitos imortais, que assim a Academia Maranhense de Letras guarda e mostra às crianças, aos adolescentes, aos adultos e aos idosos a sua grandeza, a sua beleza, e a força do seu tempo.

Eu espero e peço a Deus que a alma de Bernardo Coelho de Almeida, que permanece na Academia Maranhense de Letras, veja esta homenagem do seu confrade e sinta que é verdadeira, pura expressão também de sua alma, diante do melhor que ele realizou na Literatura e no Jornalismo e desse modo conquistou a eternidade.

A Academia Maranhense de Letras está, portanto, aberta. Tem no seu interior guardadas todas as almas dos corpos que dela saíram porque apenas morreram, porém dela suas almas nunca saíram e não sairão, pois são Imortais, cujas histórias e produções serviram e servem de lições para muitas gerações.

Por isso, enquanto eu pensar, sentir, ouvir, falar e escrever, eu afirmo: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira, pois sou, hoje, o que sempre quis ser, desde criança, imortal. Minha alma daqui não sairá.”

Fundamentado em tais verdades, aqui, deixo registrado esta homenagem como uma dedicatória do meu puro sentimento e de uma real cordialidade ao meu eterno confrade Bernardo Coelho de Almeida e peço a Deus que o ilumine sempre e assim veja a sua Cadeira nº 14 na Academia Maranhense de Letras e onde também estou na Cadeira nº 33 e da qual nunca sairei.

José Carlos Sousa Silva

Advogado, jornalista e professor universitário, membro da Academia Maranhense de Letras

E-mail: jcss@elo.com.br

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