Voluntariado

Acolhimento e solidariedade para quem precisa

Instituição, voltada a pacientes com DSTs, produz e comercializa bonecas para a manutenção do espaço e, no dia 30, vai lançar o aplicativo XÔVÊ

Ismael Araújo / O Estado

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

[e-s001]Alguns consideram o trabalho de voluntariado um ato de sacrifício, mas, para aqueles que têm o desejo e a paixão de ajudar o próximo, a ação se torna uma experiência gratificante. Este é um dos pensamentos de Paulo Ribeiro, coordenador da Casa de Apoio Acolher, localizada no bairro Jordoa, em São Luís, que tem como um de seus objetivos receber e atender pessoas com doenças sexualmente transmissíveis, incluindo Aids.

“As pessoas soropositivas, agora, têm um espaço de estadia e podem fazer as suas refeições”, afirmou Paulo Ribeiro, frisando que a casa de apoio abriu as portas no ano passado e, no momento, consegue dar suporte, principalmente, para aqueles soropositivos provenientes do interior do estado, que se deslocam para São Luís, com o propósito de fazer tratamento, no Hospital Presidente Vargas, localizado nas proximidades da casa.

Muitas pessoas ainda sentem receio quando o assunto é doenças sexualmente transmissíveis, mas em breve poderão tirar suas dúvidas utilizando essa ferramenta”Paulo  Ribeiro, coordenador da Casa de Apoio Acolher

Paulo Ribeiro informou que, cerca de 25 pessoas são atendidas de forma diária, inclusive tendo garantidos lanche e almoço. “Como é uma casa de passagem, o rodízio de pessoas é contínuo, mas, todas sempre são bem atendidas pelo grupo de voluntários”, comentou.

Bonecas Acolher
A instituição não recebe ajuda financeira do poder público e de nenhuma empresa privada. O fundo para o pagamento das despesas é oriundo da comercialização da “Bonecas Acolher” ou os “Bonecos Fuxicos”, fabricados no local.

Para a produção, a casa recebe diariamente retalhos doados por malharia e os voluntários fazem as bonecas. No momento, existem três modelos: negra, parda e branca. As bonecas são vendidas em um shopping da capital por R$ 20,00. “Elas são confeccionadas por fuxicos e lã, à mão, ou seja, um trabalho totalmente sustentável”, explicou Paulo Ribeiro.

[e-s001]Aplicativo XÔVÊ
Paulo Ribeiro ressaltou que, no dia 30, a Casa Acolher inicia uma nova jornada com o lançamento do aplicativo XÔVÊ, no auditório do Hemonar, na Jordoa. Nessa ferramenta, as pessoas encontrarão perguntas, respostas e orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), além de locais da capital onde pode ser feito o tratamento dessas doenças.

O aplicativo já está disponível e pode ser baixado pelo Play Store, por enquanto somente em celulares que utilizem sistema operacional Android. “Muitas pessoas ainda sentem receio quando o assunto é doenças sexualmente transmissíveis, mas em breve poderão tirar suas dúvidas utilizando essa ferramenta”, disse ele.

Grupo
A Casa de Apoio Acolher é fruto do trabalho do Grupo de Ação pela Solidariedade Humana (GASH). O espaço foi criado para receber, atender melhor e dar todo o suporte para pessoas e seus acompanhantes do Maranhão, que vivem e convivem com HIV/AIDS e que realizam Tratamento Fora do Domicílio (TFD).

A instituição é mantida com as contribuições dos próprios voluntários e doações feitas por pessoas e entidades.

SERVIÇO

O quê: Casa de Apoio Acolher
Onde: no bairro da Jordoa, em São Luís
Objetivo: receber, atender melhor e dar todo o suporte para pessoas e seus acompanhantes do Maranhão, que vivem e convivem com HIV/AIDS e que realizam Tratamento Fora do Domicílio (TFD)
Mantida: com as contribuições dos próprios voluntários e doações feitas por pessoas e entidades
Produtos: Bonecas Acolher e o aplicativo XÔVÊ

NÚMERO

25 pessoas são atendidas diariamente na Casa de Apoio Acolher

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