Solidariedade

Hemomar e Fórum de São Luís cadastram doadores de medula

O Maranhão é um dos estados do Nordeste com menor representatividade no cadastro; campanha prossegue hoje das 14h às 18h, no hall do Fórum (Calhau)

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Pessoas se cadastraram ontem no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea
Pessoas se cadastraram ontem no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Divulgação)

SÃO LUÍS - “Um gesto simples que pode salvar vidas. É rápido e indolor”. É como a servidora pública Violeta Uchoa define o ato de se tornar um potencial doador de medula. Ontem, 21, ela se cadastrou no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), durante ação realizada pelo Fórum Des. Sarney Costa e o Hemomar (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão). Pela manhã foram cadastrados 25 voluntários. Hoje, 22, o cadastro será das 14h às 18h, no hall do Fórum (Calhau).

O Brasil tem cinco milhões de pessoas cadastradas no Redome, sendo o terceiro maior banco de dados do mundo. O Maranhão é um dos estados do Nordeste com menor representatividade no cadastro. Segundo informações do Inca (Instituto Nacional de Câncer), antes de 2003 a possibilidade de se encontrar um doador no registro para paciente brasileiro era inferior a 15%, sendo atualmente mais de 80% de chance de se achar um doador compatível em fase inicial de busca e, ao final do processo, 64% dos pacientes terão um doador compatível para a realização do transplante. O Redome foi criado em 1993 por dois pesquisadores do Inca.

No Fórum de São Luís, a campanha é organizada pela Divisão Médica e Odontológica. A chefe da unidade, Ana Carolina Ribeiro, explicou que essa parceria com o Hemomar significa “mais um ato de amor ao próximo; um apoio do setor para a conscientização das pessoas sobre doar para salvar vidas”. Ela ressaltou que levar a campanha para o ambiente interno do Fórum, além de sensibilizar magistrados e servidores, também procurar captar doadores junto ao público externo, entre advogados, promotores, defensores públicos e jurisdicionados. Diariamente, cerca de oito mil pessoas têm acesso ao Fórum.

Doadora voluntária

Lindamira Leite, chefe da Biblioteca do Fórum, afirmou que decidiu ser doadora voluntária porque procura se colocar no lugar do outro, por empatia. “Assim como eu gostaria de, se um dia precisar de doação e alguém ajudar, eu também quero ser útil e poder ajudar outras pessoas”, declarou. Ela disse que já queria se cadastrar faz um tempo e agora aproveitou a campanha para se tornar uma possível doadora. “Louvável essa inciativa; trazer o cadastro para o ambiente de trabalho, onde as pessoas possam fazer seu registro no banco de doadores de forma rápida e sem sair do local de trabalho”, concluiu.

Violeta Uchoa, que esteve ontem, 21, no Fórum para audiência, contou que decidiu se cadastrar como doadora porque teve uma sobrinha que faleceu de leucemia aos 5 anos, e não houve tempo para conseguir doador de medula óssea e realizar o transplante. “Já sou doadora de sangue e queria muito ser também de medula. Desejo agora encontrar um receptor compatível porque quero ajudar a devolver a saúde de alguém”, acrescentou. O transplante consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula.

Integraram a equipe do Hemomar, do primeiro dia da campanha no Fórum, a assistente social Cynthia Garcia e as servidoras Maridilve Azevedo, Maria José Santos e Rosângela Garcês.

Quem pode doar

A assistente social Cynthia Garcia explicou que para se tornar doadora a pessoa deve ter entre 18 e 55 anos, estar em bom estado geral de saúde e não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue. Hoje, 22, o cadastro ocorre no hall do Fórum Des. Sarney Costa, próximo à Galeria de Arte (das 14h às 18h). No momento do cadastro, o interessado deve apresentar CPF, RG ou outro documento com foto.

No local também serão colhidos 5ml do sangue do voluntário para tipagem por exame de histocompatibilidade, um teste de laboratório para identificar suas características genéticas. O resultado do exame e os dados pessoais serão incluídos no Redome. As informações genéticas do doador cadastrado e as dos pacientes serão cruzadas. Quando houver um paciente compatível, outros exames serão necessários. Se a compatibilidade for confirmada, esse doador será consultado para confirmar se deseja fazer a doação.

A pessoa que se cadastrar receberá uma carteira de doador, no e-mail que forneceu no momento do registro. Conforme esclarecimentos do Inca, o doador deve lembrar que irá permanecer no registro até completar 60 anos de idade e que a convocação para realizar a doação pode demorar alguns anos ou nem chegar a ocorrer. Por isso, o doador deve informar sempre que houver alteração em qualquer dado do cadastro (endereço, telefone etc). Esta informação pode ser encaminhada pelo site do Redome ou através do Hemocentro que o cadastrou.

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