Editorial

Vítimas de fraudes financeiras

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

Os avanços tecnológicos, sem dúvida, vieram para facilitar a vida das pessoas. Mas também pode facilitar a vida de quem escolhe o caminho do mal, que busca fraudar, pegar informações e senhas de terceiros com o intuito de tirar vantagens e consequentemente causar prejuízos financeiros a suas vítimas.

E essa brecha deixada pelos sistemas de hoje, ainda que sejam considerados os mais seguros, tem causado milhares de vítimas em todo o país, o que reforçado pela pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a qual revela que 46% dos internautas brasileiros foram vítimas de algum tipo de golpe financeiro nos 12 meses anteriores ao estudo, o que equivale a um universo aproximado de 12,1 milhões de pessoas.

Com o crescimento do comércio online, onde se deve ter cuidado redobrado nas transações, também eleva a chance de mais pessoas sejam enganadas, as quais acabam caindo em armadilhas de ofertas de produtos com valor muito abaixo da média praticada no mercado.

A pesquisa mostra que pouco mais da metade (51%) dos entrevistados afirma ter sofrido algum prejuízo financeiro com a fraude, sendo o valor médio do dano de R$ 478,00. A estimativa é de que o prejuízo total decorrente de fraudes financeiras nos 12 meses anteriores à pesquisa chegue a cerca de R$ 1,8 bilhão.

Perda de documentos pessoais (24%), roubo, assalto ou furto (21%), perda de cartão de débito ou crédito (18%) e fornecimento acidental de dados pessoais para terceiros por telefone, e-mail, WhatsApp ou em sites (13%) são situações que acabaram por contribuir para a fraude citada pelos entrevistados.

E os golpes são de diversos tipos. No caso de quem forneceu acidentalmente dados pessoais ou cópias de documentos pessoais para terceiros, 40% cadastraram seus dados em sites falsos de promoção, 39% se inscreveram em suposta vaga de emprego, 22% realizaram compra em site falso sem perceber, 21% receberam um contato telefônico de uma pessoa se passando por funcionário de instituição financeira, 18% receberam notificação falsa para quitação de débito e 18% receberam falso e-mail de banco ou empresa pedindo atualização de dados cadastrais ou bancários.

Como resultado dessa vulnerabilidade, o não recebimento de produto comprado foi apontado por 52% dos entrevistados, seguido da compra de um produto ou serviço diferente das informações especificadas pelo vendedor (42%), cartão de crédito ou débito clonado (25%), contratação de serviços ou compra indevida de itens usando documentos falsos, perdidos ou roubados da vítima (14%), transações financeiras em conta bancária sem autorização (13%) e pagamento de serviço não realizado (11%).

O interessante é que os falsários chegam a adquirir produtos ou serviços em nome das pessoas a que tiveram acesso a seus dados para contratação de pacotes de internet (29%), TV por assinatura (29%), linha de telefone celular (25%), empréstimo (24%) e crediário (17%).

É importante, portanto, que as pessoas busquem se proteger dos golpistas. As medidas apontadas pelos entrevistados remetem a fazer compras somente em locais confiáveis (43%), pesquisar sobre a reputação das lojas em sites de reclamação e redes sociais (41%), não compartilhar dados pessoais nas redes sociais (38%) e não responder a e-mails ou telefonemas que solicitam informações pessoais como senhas, número de cartão ou de conta bancária (38%).

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