Em Cabul

Estado Islâmico reivindica ataque em festa de casamento

No sábado, 17, homem-bomba acionou seu cinturão de explosivos em um salão de festas em bairro de minoria xiita da capital afegã

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Afegãos investigam interior de salão de festas após explosão
Afegãos investigam interior de salão de festas após explosão (Reuters)

CABUL - O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou ontem, 18, o ataque suicida que matou 63 pessoas e deixou outras 182 feridas em uma festa de casamento em Cabul, no Afeganistão. Entre as vítimas estão mulheres e crianças.

Por volta das 22h30 (no horário local) de sábado (17), um homem-bomba acionou seu cinturão de explosivos em um salão de festas em bairro de minoria xiita da capital. “Os convidados dançavam e festejavam quando aconteceu a explosão”, descreveu uma testemunha no hospital, atingida nos braços e na barriga.

Uma testemunha disse à TV americana CBS que mais de mil pessoas haviam sido convidadas para a cerimônia e festa.

O bairro onde aconteceu o ataque tem sido alvo de ataques suicidas nos últimos anos, pois lá estão alvos como mesquitas e centros educacionais. A maioria desses ataques foi assumida pelo Estado Islâmico, que é de origem sunita.

Os casamentos no Afeganistão são eventos que costumam reunir centenas ou até milhares de convidados em salões de dimensões industriais. Normalmente, homens ficam separados de mulheres e crianças.

Acordo entre Afeganistão e EUA

A explosão de sábado,17, ocorre em um momento em que Estados Unidos e talibãs, outro grupo que atua na região, tentam concluir um aguardado acordo para reduzir consideravelmente a presença das tropas americanas no Afeganistão. A exigência americana é que insurgentes respeitem um cessar-fogo, rompam lanços com a al-Qaeda e negociem com o governo de Cabul um acordo duradouro de paz.

O presidente dos Estados Unidos, Donal Trump, disse desde o começo do seu mandato que quer as tropas fora deste país, onde Washington gastou mais de um trilhão de dólares, entre operações militares e trabalhos de reconstrução, desde 2001.

Na sexta-feira,16, Ahmadullah Azkhundzada, irmão do líder talibã afegão Haibatullah Akhundzada, foi uma dos quatro mortos em uma explosão em uma mesquita no Baluchistão, no sudoeste do Paquistão.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.