Medicina

Congresso debate novos tratamentos oncológicos

O Congresso e o Simpósio foram organizados e realizados pelo Hospital São Domingos. Dentre os palestrantes, um é internacional, da Fundação Champalimaud.

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Evento é considerado o maior realizado no Norte e Nordeste
Evento é considerado o maior realizado no Norte e Nordeste

SÃO LUÍS- “Qualidade, pioneirismo e acesso ao melhor tratamento”. Esse foi o tema do IV Congresso de Oncologia do Hospital São Domingos e IV Simpósio Multidisciplinar, que aconteceram em São Luís durante três dias, com encerramento no sábado (17). Os eventos, que foram prestigiados por um grande público, também concederam premiações referentes a trabalhos científicos, que se destacaram, sobre a pesquisa oncológica.

Os eventos começaram na quinta-feira (15) e se estenderam até o fim de semana, no Blue Tree Towers (antigo Hotel Pestana), no Calhau. Houve, durante a programação, palestras, pré-congressos, cursos, mesas redondas e fóruns. Também ocorreu a entrega do Prêmio Doutor Hélio Mendes de Incentivo à Pesquisa em Oncologia a profissionais e estudantes. Os três melhores estudos inscritos foram agraciados com as quantias de R$ 3 mil, R$ 2 mil e R$ 1 mil, respectivamente, para o primeiro, segundo e terceiro colocados.

“O evento começou na quinta-feira, com uma vasta programação. Houve diversos cursos, como um extremante importante sobre nutrição e oncologia, que é um dos grandes desafios que temos, principalmente na cultura latino-americana. Essa questão de trabalhar um pouco a dieta com evidências científicas”, declarou Klayton Henrique Morais Ribeiro, coordenador médico do Serviço de Oncologia do Hospital São Domingos. Ele, que também atuou como presidente do IV Congresso de Oncologia, falou, ainda, que a Oncologia no Maranhão apresentou grandes avanços nos últimos anos.

Câncer de pele não melanoma como o mais frequente

Segundo Klayton, o câncer de pele não melanoma aparece com o mais frequente no Brasil. “Nas mulheres, o câncer de colo do útero ainda está nas primeiras colocações, juntamente com o câncer de mama”, complementou o médico, que é graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Inclusive, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, o câncer de pele não melanoma corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado e tratado precocemente. Entre os tumores de pele, é o mais frequente e de menor mortalidade. Caso não seja tratado adequadamente, pode deixar mutilações bastante expressivas.

Congresso é um dos maiores do Norte-Nordeste

Igualmente oncologista do Hospital São Domingos, Antonio Alencar, presidente da Comissão Científica do Congresso, frisou a importância de um evento dessa natureza. “É um evento que já faz parte do calendário científico da Oncologia no Brasil. É o maior congresso de Oncologia do Maranhão e um dos maiores do Norte-Nordeste. Contamos com a participação de palestrantes nacionais e internacionais, que trouxeram para nós atualizações no tratamento do câncer”, expressou o médico.

Alencar destacou o caráter multidisciplinar dos eventos, o que se comprovou na diversidade do público, formado por pessoas de vários ramos, como Psicologia, Fonoaudiologia, Farmácia e Fisioterapia. E também enalteceu a qualidade curricular dos palestrantes, sendo que um deles veio da Fundação Champalimaud, que é uma referência nacional e internacional na área de oncologia. “São mais de 10 palestrantes nacionais. Além dos palestrantes locais. O congresso também conta com a apresentação de trabalhos científicos, trabalhos produzidos no Maranhão e de alta qualidade”, salientou o oncologista clínico.

Referência regional

Os inscritos também puderam ter acesso à história do São Domingos, que completou 30 anos no dia 28 de julho passado. No Blue Tree Towers, havia uma sala que contava um pouco dessa trajetória de sucesso do hospital em um memorial. “A Oncologia do Hospital São Domingos, que já tem mais de três décadas de sucesso, tem mais ou menos 12 anos. E já se consolidou como uma referência regional, do Norte-Nordeste, no que diz respeito ao tratamento do câncer”, observou Alencar.

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