Artigo

Pai e escolhas dos filhos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

Toda a nossa vida é feita de escolhas. Quando se dar um passo para a frente, alguma coisa ficou inevitavelmente para trás. Somos nós mesmos que fazemos nossas escolhas e elas nos fazem ser conforme escolhemos, desejamos ser.

A felicidade depende da escolha bem feita e da sorte. Ser feliz ou não representa dizer ao mundo que nós somos a soma de nossas decisões, baseada nas escolhas que fizemos. Escolher é tomar uma decisão entre o que já é conhecido e o ignorado; o que é certo e o duvidoso; o que é risco e a oportunidade certa. As escolhas ocorrem em vários momentos de nossa vida. Elas não devem ser feitas simplesmente por conveniências ou comodidade, pois devem expressar atitudes psíquicas, sociopolíticas e culturais e antes de tudo discernimento e equilíbrio. A escolha requer lucidez e liberdade por parte de quem escolhe.

As grandes vitórias da vida exigem de nossa parte estratégia e tempo. É preciso que as nossas escolhas tenham sido criteriosas. A vida são as escolhas que fazemos ao longo dela e os caminhos que seguimos com nossas decisões. Temos o direito de escolher o melhor, para isso nos é dado poder e a liberdade de escolhermos diferentes caminhos. Poder e liberdade são direitos que nos foram dados na vida, permitindo-nos seguir em frente, desistir ou recuar, pois está em nós mesmos o poder de querer, de fazer e de mudar.

Nossas escolhas nem sempre seguem o mesmo guia de atenção que comumente praticamos. Algumas são pensadas, outras meramente influenciadas e outras são automáticas, baseadas no que sabemos e aprendemos. Algumas escolhas parecem definitivas porque são únicas, como a escolha do curso na universidade e o casamento. Das nossas escolhas, quando tomamos decisões, seremos os principais beneficiários ou vítimas, vindo a nossa escolha ser considerada um erro porque tudo não passou de influência ou modismo.

Dizem que nosso destino é feito de sorte ou azar, nada tendo a ver com as escolhas que fazemos. As escolhas, certas ou erradas, são direções de nossa vida. Muitas vezes perguntamos: será que nossas escolhas definem nosso destino? Essa questão não tem ainda uma resposta exata. È, portanto, algo que está além das nossas possibilidades. Por outro lado, nossas escolhas atendem nossos planos, sonhos e projetos futuros. Não escolhemos nem decidimos à toa, à mercê do que não existe. A destinação é algo que conscientemente se busca. O destino não é algo fixo ou imposto por alguém, podendo ser mudado quando resolvemos mudar nossas escolhas e tomar novas decisões. O destino é nosso. Se não gostamos dele, devemos mudá-lo, pois temos dentro de nós a energia para superá-lo e buscar outro de acordo com os nossos sonhos e desejos.

As escolhas modelam nossas vidas, gerando conseqüências em cascata. Nossa vida é consequencia de nossas escolhas e decisões, influenciando em nosso comportamento, atitudes e sentimentos. As nossas escolhas quando são precipitadas ou incorretas nos trazem transtornos e insatisfação, tornando-nos até infelizes. É preciso lembrar que sempre devemos estar disponíveis para a mudança, basta termos autodiscernimento e coragem. Que cada erro sirva de aprendizado e represente nosso crescimento individual.

A vida é cheia de escolhas e consequentemente de decisões. Elas são difíceis e fáceis, seguras e confortáveis, desafiadoras e certas. Durante o tempo em que vivemos, temos a oportunidade de ter grandes, pequenas, difíceis e fáceis escolhas. Através de nossas escolhas, devemos ser fiel a nós mesmos. Antes de qualquer escolha ou tomada de decisão, devemos rever nossos valores e ver se a escolha ou a decisão está de acordo com eles.

Aldy Mello

Ex-reitor da UFMA e do CEUMA, membro fundador da ALL e membro efetivo do IHGM

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