Crise

EUA pedem que China não faça de Hong Kong uma ''nova Tiananmen''

Declaração de John Bolton se refere ao massacre da Praça da Paz Celestial, em Pequim, há 30 anos. Governo norte-americano espera solução pacífica para a crise

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Bandeira dos EUA é levantada durante manifestação em Hong Kong
Bandeira dos EUA é levantada durante manifestação em Hong Kong (Reuters)

WASHINGTON - O assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, advertiu a China para não criar uma "nova Tiananmen" ao responder aos protestos em Hong Kong. A declaração faz referência à violenta repressão de manifestantes nesse local de Pequim – também conhecida como Praça da Paz Celestial – há 30 anos.

"Os chineses têm que olhar com muito cuidado os passos que tomam porque as pessoas nos Estados Unidos lembram da Praça Tiananmen, lembram da imagem do homem parado em frente à fila de tanques", disse Bolton em entrevista à VOA News publicada nesta quinta-feira.

As forças chinesas sufocaram brutalmente os protestos em favor da democracia na Praça Tiananmen de Pequim em 1989, uma repressão que ficou imortalizada na imagem de um homem desarmado em frente aos tanques.

"Seria um grande erro criar uma nova lembrança como essa em Hong Kong", disse Bolton.

Crise Hong Kong–China

Hong Kong, uma ex-colônia britânica que passou para as mãos da China em 1997, atravessa a pior crise política desde então, com milhões de pessoas protestando nas ruas desde o começo de junho para exigir maiores liberdades. O impasse gerou temores de uma intervenção direta de Pequim no território.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que uma reunião entre o líder chinês Xi Jinping e os ativistas pró-democracia de Hong Kong poderia levar a um "final feliz" para os protestos.

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