Motim

Clima ficou tenso em unidade da Funac no bairro do Vinhais

Polícia conteve motim na madrugada de ontem e evitou fuga de adolescentes revoltados; Funac não informou o motivo da revolta

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

SÃO LUÍS - Mais uma unidade da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac) do Maranhão em São Luís, registrar clima de tensão. Na madrugada de ontem ocorreu uma tentativa de motim no Centro Socioeducativo de Internação Provisória Canaã, no bairro do Vinhais, mas, segundo a polícia não houve feridos e nenhum interno conseguiu fugir.

Os adolescentes revoltados iniciaram um tumulto na nessa unidade e os policiais do 8º Batalhão e do Batalhão do Choque foram acionados pelos monitores. Com a chegada dos militares os ânimos foram contidos.

Foi feito a revista na unidade e nenhuma arma de fogo foi encontrada. Os policiais, ainda na madrugada, fizeram a contagem dos internos e ficou constatado que não houve registro de fuga e também não ocorreu nenhum dano material nesse local.

A Funac, por meio de nota, confirmou o princípio de rebelião. A nota informou que houve batimento de grade pelos adolescentes e a Polícia Militar foi acionada para apoiar nos procedimentos de segurança da unidade. A nota afirmou, também, que as atividades sociopedagógicas no centro ocorreram sem alterações nesta quarta-feira, 14.

Violência sexual

Nessa unidade, no dia 8 de maio deste ano, ocorreu o registro de violência sexual. Segundo a polícia, os internos, José Leandro Louzeiro dos Santos, o Tartaruga; e Davi Vinícius Matos, o Barreto, ambos de 18 anos, em companhia de um menor infrator, de 17 anos, teriam estuprado dois adolescentes.

O caso foi registrado no plantão central da Polícia Civil das Cajazeiras por um dos monitores da unidade do Vinhais. Ele informou para a polícia, que foi informado do fato por meio de uma das vítimas. Um dos acusados foi Davi Vinícius, suspeito do assalto e da morte do delegado da Polícia Federal Davi Farias de Aragão.

Davi Vinícius, Davi Costa Martins e Wanderson de Morais Baldez, invadiram a residência da vítima, na Praia do Meio, em São José de Ribamar, no dia 5 de maio do ano passado, no momento em que ocorria o aniversário da filha do policial federal. Dois criminosos entraram pelos fundos da casa, enquanto o outro bandido foi pela lateral. Eles usaram uma faca e dois simulacros de arma de fogo.

O delegado ao travar luta corporal com um dos assaltantes acabou esfaqueado, além de ter sido mordido e atingido com um tiro na região do tórax com sua própria arma. Após o crime, os bandidos fugiram levando a pistola 9 mm do delegado, alguns pertences do imóvel e das pessoas que estavam na festa. Wanderson de Morais foi o primeiro a ser preso quando era atendido na Unidade de Pronto Atendimento da Vila Luizão. Ele confessou a autoria do crime e entregou os outros dois comparsas.

Mais ocorrências

Em junho deste ano três ocorrências de atos criminosos foram registradas nos centros socioeducativos localizados na Ilha e no interior do estado. Um dos casos ocorreu no dia 22. A polícia informou que pelo menos, cinco internos do Centro de Juventude Sítio Nova Vida, em Paço do Lumiar, teriam violentado sexualmente um menor infrator e ainda tentaram matá-lo.

Os suspeitos foram encaminhados ao Plantão de Polícia Civil do Maiobão. Entre os acusados, dois já eram maiores e foram identificados como Ricardo Costa Souza e Carlos Alessandro Serra da Silva, ambos de 20 anos. Os menores envolvidos foram ouvidos pela Polícia Civil e retornaram à unidade de em Paço do Lumiar, enquanto os maiores foram levados para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, à disposição do Poder Judiciário.

Já no dia 20, 19 adolescentes fugiram do Centro Socioeducativo de Internação Provisória Semear, no bairro Três Poderes, em Imperatriz. Somente 10 deles foram recapturados pela polícia.

No dia 8, do mesmo mês ocorreu uma rebelião na unidade da Funac, do bairro Ouro Verde, em Imperatriz. Pelo menos 10 internos foram conduzidos para o plantão central e 14 chuços foram apreendidos. Os adolescentes estavam exaltados e atearam fogo em vários colchões e ameaçaram fugir. Só após a chegada da polícia que os ânimos foram contidos.

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