Operação Cravada

''Tudo tem um preço'', diz Moro sobre ameaças do PCC

Nas últimas semanas, a Polícia Federal, braço do Ministério de Moro, tem atacado o coração financeiro de organizações e facções violentas, como o PCC

Estadão Conteúdo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Os grampos que citam Moro estão nos autos da Operação Cravada, deflagrada pela PF na quarta-feira (7).
Os grampos que citam Moro estão nos autos da Operação Cravada, deflagrada pela PF na quarta-feira (7). (Moro)

O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) disse à reportagem do Estadão que seu compromisso com o presidente Jair Bolsonaro é endurecer o combate ao crime. Nas últimas semanas, a Polícia Federal, braço do Ministério de Moro, tem atacado intensamente o coração financeiro de organizações e facções violentas, como o PCC. Essa ofensiva permitiu a descoberta de diálogos entre lideranças do crime organizado com ameaças ao ministro.

Moro não se mostra acuado. "Tudo tem um preço", ele disse.

Os grampos que citam Moro estão nos autos da Operação Cravada, deflagrada pela PF na quarta-feira (7) - os agentes saíram às ruas em sete Estados para cumprir 30 mandados de prisão e bloquear 400 contas do PCC.

Ao Estadão, Moro declarou. "O compromisso assumido com o presidente Bolsonaro foi sermos firmes contra corrupção, crime organizado e crimes violentos. Essa foi a orientação feita à Polícia Federal que tem o mérito pelas recentes operações."

O ministro disse, ainda: "Precisamos avançar mais, porém com medidas executivas e também legislativas, como o projeto anticrime". Entre os presos, está Alexsandro Roberto Pereira, conhecido como 'Elias' ou 'veio'.

De acordo com as investigações, ele atua como 'Resumo da Rifa', e é responsável por 'posição na hierarquia da organização criminosa e também possui poder de decisão e mando sobre os demais integrantes'.

"Das investigações foi possível desvelar que o noticiado possui a função de controlar as contas bancárias, utilizadas pela organização para movimentar dinheiro de suas atividades ilícitas, principalmente, o tráfico de drogas".

Ele é um dos homens de 'relevante função, bem como poder e comando' do PCC, que foram transferidos para presídios federais, segundo decisão judicial que deflagrou a Cravada.

Em diálogos com outros líderes do núcleo financeiro da facção, ele critica o ministro da Justiça Sérgio Moro: "Com nois já não tem diálogo, não, mano. Se vocês estava tendo diálogo com outros, que tava na frente, com nois já não vai ter diálogo, não Esse MORO aí, esse cara é um filha da puta, mano. Esse cara aí é um filha da puta mesmo, mano. Ele veio pra atrasar".

Também menciona um partido político. "Ele começou a atrasar quando foi pra cima do PT. Pra você ver, o PT com nois tinha diálogo. O PT tinha diálogo com nois cabuloso, mano, porque… situação que nem dá pra nois ficar conversado a caminhada aqui pelo telefone, mano. Mas o PT, ele tinha uma linha de diálogo com nois cabulosa, mano….", diz Elias.

E ainda menciona o Estado de São Paulo como núcleo do tráfico de drogas. "Os cara sabe os tabuleiro que é de dentro de São Paulo, do Progresso. Os Estado têm o tabuleiro que anda, mano".

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