Violência

Anistia Internacional alerta turistas sobre aumento de crimes de ódio nos EUA

Organização diz para turistas serem extremamente vigilantes o tempo inteiro e terem consciência da onipresença de armas de fogo entre a população

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Homem exibe cartaz pelo fim da violência causada pelas armas de fogo durante uma vigília no local de um tiroteio em massa em Dayton, Ohio, nos EUA
Homem exibe cartaz pelo fim da violência causada pelas armas de fogo durante uma vigília no local de um tiroteio em massa em Dayton, Ohio, nos EUA (AP)

ESTADOS UNIDOS - A ONG defensora dos direitos humanos Anistia Internacional divulgou ontem,8, um comunicado alertando aos turistas do mundo sobre os riscos de visitar os Estados Unidos. Em sua publicação, a organização leva em consideração o aumento de crimes de ódio efetuados com armas de fogo no país.

O comunicado da Anistia Internacional foi feito após o fim de semana em que dois tiroteios em dois locais diferentes deixaram 31 mortos nos EUA. Segundo a ONG, o governo americano não tem tomado medidas de segurança capazes de controlar o claro aumento da violência no país.

“Hoje, publicamos um alerta de viagem aconselhando os turistas que vão aos Estados Unidos para serem cautelosos e terem um plano de emergência quando estiverem viajando pelo país. Fazemos isso devido ao atual crescimento de ataques com armas de fogo nos EUA”, diz o tuíte da Anistia.

Entre as medidas propostas pela organização, estão: ser extremamente vigilante o tempo inteiro e ter consciência da onipresença de armas de fogo entre a população; evitar lugares onde um grande número de pessoas se reúne, especialmente em eventos culturais, locais de culto ou shoppings; ter muita cautela ao visitar bares, boates e casinos.

Outro alerta da Anistia Internacional é sobre o fato de que muitas vezes os ataques ocorrem tendo um alvo específico. “Dependendo da identidade de gênero, raça, país de origem, etnia ou orientação sexual do turista, ele pode correr ainda mais risco de ser vítima de violência com arma de fogo e deve planejar [a viagem] de acordo com esse fato”, diz o texto.

Por fim, a instituição ressalta que, dentro da lei internacional dos direitos humanos, os Estados Unidos têm a obrigação de propor uma série de medidas no nível federal, estatal e local para regular o acesso a armas de fogo e proteger a liberdade de viver e se locomover sem a ameaça de violência.

Uruguai alertou viajantes

Na segunda-feira,5, o ministério das Relações Exteriores do Uruguai também divulgou comunicado alertando seus habitantes sobre as precauções a serem tomadas durante uma viagem aos Estados Unidos devido aos crimes de ódio. Segundo o texto, a maior parte desses delitos são provocados por “racismo e discriminação”, tirando a vida de mais de 250 pessoas.

“Diante da impossibilidade das autoridades de prevenir essas situações, devido, entre outros fatores, à possessão indiscriminada de armas de fogo pela população, aconselhamos evitar lugares onde há grandes concentrações como parques temáticos, shoppings, festivais artísticos, atividades religiosas, feiras gastronômicas ou qualquer tipo de manifestações culturais ou desportivas”, afirma a publicação.

O Uruguai também recomenda evitar certas cidades, “que se encontram entre as 20 mais perigosas do mundo”, como Detroit, Baltimore e Albuquerque.

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