COLUNA

Reação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

O médico Allan Garcês (PSL) posicionou-se, no fim da tarde de ontem, sobre a escalada da tensão entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o governador Flávio Dino (PCdoB), que acabou por atingir-lhe.
Na Assembleia, a maioria aliada ao Governo do Maranhão rejeitou projeto de decreto legislativo que concedia o título de Cidadão Maranhense a Garcês.
Médico e atual diretor executivo do Departamento de Articulação Interfederativa do Ministério da Saúde, ele é natural do Pará e pretende ser candidato a prefeito de São Luís pelo mesmo PSL de Bolsonaro.
Nas redes sociais, ele lamentou o episódio e fez críticas ao que considerou falta de democracia dos comunistas maranhenses. “Hoje [ontem], aliados esquerdistas do governador comunista do Maranhão resolveram mostrar o quanto são democráticos e respeitam a liberdade de expressão”, destacou. “Como médico, professor da Universidade Federal do Maranhão e agora atualmente diretor executivo no Ministério da Saúde, tenho contribuído muito para o Maranhão. Mas, enfim, isso não foi suficiente para que reconhecessem”, completou.
Ele aproveitou para fazer uma relação entre o fato e o recente episódio da invasão hacker a celulares de autoridades da República, além da contenda de Bolsonaro com o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.
“Talvez, se eu invadisse celulares de autoridades do Governo Federal, atacasse o presidente Bolsonaro, esbravejasse em alto tom ‘EleNão’, gritasse ‘Lula Livre’ e usasse camisa de ‘Marielle Vive’, eu recebesse não só o título de Cidadão, mas a mais alta honraria a ser entregue pelo Governo do Estado. No entanto, como eu tenho conquistado meu espaço político independente com muita luta, trabalhando honestamente, com princípios éticos e morais, ajudando o nosso estado com um trabalho sério executado no Ministério do então presidente da República, para eles não sou merecedor”, finalizou.

Incomodou?
Para Garcês, a postura dos deputados aliados de Flávio Dino (PCdoB) reforça o incômodo que sentem com o posicionamento político do médico, membro da Direita Maranhense.
“Senhores deputados esquerdistas, vocês demonstraram que o Governador e vocês estão se sentindo incomodados com as minhas posições políticas”, destacou.
Em tempo: apenas sete deputados votaram a favor do título de cidadão: Helena Duailibe (SD), Roberto Costa (MDB), Adriano Sarney (PV), Arnaldo Melo (MDB), Mical Damasceno (PTB), César Pires (PV) e Wellington do Curso (PSDB).

Mantém
O deputado federal Gil Cutrim (PDT) confirmou ontem à coluna que voltará a votar a favor da Reforma da Previdência em segundo turno na Câmara.
Depois da votação em segundo turno - quando ele já se posicionou em apoio à proposta -, o pedetista virou alvo da cúpula do partido.
Além dele, outros sete parlamentares foram denunciados ao conselho de ética do PDT pela posicionamento nesse caso.

Como assim?
Quase ninguém entendeu, na segunda-feira, 5, a aprovação de uma medalha ao juiz federal Roberto Veloso, pretenso candidato a prefeito de São Luís.
Não pela homenagem em si, pelo homenageado ou pela aprovação por unanimidade. Mas pelo autor da proposta, o deputado Marco Aurélio, do PCdoB.
Explica-se: Veloso tem sido cortejado por partidos de direita e tem tido apoio de setores conservadores da política em seu projeto.

Acordo
Por falar em Marco Aurélio (PCdoB), ele é pré-candidato a prefeito de Imperatriz e anda perto de um acordo com o também deputado Rildo Amaral (SD).
O objetivo é o segundo abrir mão da candidatura em favor do primeiro, num esforço para barrar a reeleição do prefeito Assis Ramos (MDB) que conta, ainda, com Ildon Marques (PSB).
O problema é que, no meio desse fogo cruzado, ainda deve pintar um candidato apoiado pelo ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB).

Clima quente I
O clima esquentou ontem, durante a inauguração de um batalhão da Polícia Militar na cidade de São José de Ribamar.
Durante sua fala, o deputado federal Gil Cutrim (PDT) tentou faturar a entrega e disse que, quando prefeito, fez a doação do terreno para a construção do Batalhão.
O atual prefeito, Eudes Sampio, reagiu imediatamente e corrigiu a informação. Retificou que o terreno foi doado na gestão do prefeito Luis Fernando.

Clima quente II
Por meio de nota, Gil Cutrim acabou se manifestando após o episódio.
Disse que usou a expressão “nós doamos”, porque era o vice-prefeito na gestão Luis Fernando (PSDB).
“Não atribuí mérito a mim, mas ao governo ao qual pertencia. Lamento a forma como foi colocada a situação pelo prefeito Eudes, na tentativa de tentar denegrir minha imagem, mas o povo de Ribamar sabe da nossa participação nesta conquista”, reagiu.

DE OLHO

R$ 3 bilhões é o déficit acumulado da Previdência do Maranhão projetado até 2022, o que levou o governo a admitir publicamente que pretende fazer uma reforma estadual.

E MAIS

• Repercutiu de forma positiva na classe política a programação alusiva aos 196 anos de adesão de Caxias à Independência do Brasil, realizada entre os dias 1º e 3 deste mês.

• Seguem os problemas na gestão estadual de Saúde. Na tarde de ontem, profissionais do Hospital Regional de Peritoró forma informados da suspensão de mais serviços.

• O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) conseguiu emplacar um aliado na superintendência do Incra no Maranhão: trata-se de Mauro Rogério Maranhão Pinto, o Mauro da Hidraele.

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