Editorial

Agronegócio sustenta o Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

Se tem um segmento que consegue passar longe da crise - ainda que seja severa - e ainda “carregar o Brasil nas costas”, este é o agronegócio, responsável por cerca de 23% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

O agronegócio é responsável pela integração de diversos setores da economia brasileira que estão diretamente ligados aos produtos e subprodutos advindos da atividade agrícola ou pecuária. Além de gerar e induzir milhões de empregos diretos e indiretos - desde a porteira até chegar ao consumidor final - o setor contribui significativamente para os resultados positivos da balança comercial do país.

E as perspectivas para este setor são animadores. O estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2018/19 a 2028/29, produzido pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) planta um cenário de muita fartura para os próximos 10 anos.

Estima-se que na próxima década serão produzidos mais 62,8 milhões de toneladas de grãos no país, crescimento de 27%. E acentuam-se como os produtos mais dinâmicos do agronegócio brasileiro (com maior crescimento) carne suína, soja em grão, algodão em pluma, celulose, milho, carne de frango, leite e açúcar. Entre as frutas, os destaques são para a manga, uva e maçã.

Esse cenário, sem dúvida, dá mais confiança de que o Brasil tem na agropecuária um setor forte e que tem muito a contribuir. As projeções do estudo confirmam esse potencial, ao se apontar, em 10 anos, o embarque de 138 milhões de toneladas de grãos, com acréscimo de 39 milhões de toneladas em relação a 2019, o que corresponde a 40% de incremento.

Somente o algodão em pluma deverá registrar aumento nas vendas externas em 43%, a soja em grão, 42%; e o milho, 33%. Entre os principais produtos exportados, o açúcar sai de 18 milhões de toneladas alcançando 24 milhões de toneladas, e o café, de 35 milhões de sacas para 41,2 milhões de sacas.

O próprio Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 2019) projeta que, em 2028/29, o Brasil será o maior fornecedor mundial de soja (49%) e o segundo maior de farelo de soja (26,9%). No caso do milho, ficaremos na segunda posição, com 21,7%, atrás somente dos norte-americanos (35,8%).

Se o campo está bom para o setor de grãos, o mesmo pode se afirmar para as frutas, que até a safra 2028/2029 deverão ter acréscimos nas exportações de manga (61%), maçã (54%) e uva (41%).

Somente em 2018, a comercialização de frutas e para o mercado internacional gerou para o país o montante de US$ 980,6 milhões, o equivalente a 878 mil toneladas, incluindo nozes e castanhas.

Ainda que esse segmento de frutas tenha registrado crescimento nos últimos anos e o Brasil seja o terceiro maior produtor mundial, o país ainda exporta muito aquém do que produz, em torno de 2,5% da produção.

Esse é o Brasil que queremos, de um setor primário forte, que ajude a criar as bases para a sustentação também de uma economia pautada na indústria, comércio e serviços.

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