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Policiais Militares são investigados pelo assalto em Bacabal

Militares são suspeitos de terem aproveitado a investigação do assalto ao Banco do Brasil, em novembro do ano passado, naquela cidade para ficarem com o dinheiro

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

BACABAL - A Delegacia Geral da Polícia Civil, por meio de portaria, criou neste mês uma força tarefa para apurar as irregularidades que teriam sido cometidas por militares durante a abordagem e prisão dos quadrilheiros suspeitos do ataque ao Centro de Distribuição do Banco do Brasil, na cidade de Bacabal. A ação criminosa ocorreu no dia 25 de novembro do ano passado, com mais de R$ 100 milhões roubados. Três bandidos e um morador da cidade, Cleonir Borges Araújo, morreram. Um rastro de destruição ficou no município.

A portaria foi assassinada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Leonardo Diniz. A força tarefa está sendo coordenada pelo delegado Jeffrey Furtado, da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP), e com participação de policiais das Superintendências de Combate a Corrupção (Seccor) e da Investigações Criminais (Seic).

Há informações de que alguns militares, que trabalharam em Bacabal na época do roubo ao Banco do Brasil, tiveram um crescimento patrimonial acima da sua renda. Muitos deles chegaram até mesmo a abrir em seu nome empresas como também adquirido imóveis e veículos de luxo. Como também há suspeitas da morte de criminosos após terem sido presos.

Empreitada criminosa

Mais de 30 criminosos fortemente armados invadiram Bacabal e de forma simultânea atacaram a delegacia, o banco e o quartel. Eles trocaram tiros com militares, incendiaram veículos e espalharam dinheiro pela cidade.

A cúpula da Secretaria de Segurança Pública informou que essa ação criminosa foi coordenada por José Francisco Lumes, o Zé de Lessa. Este criminoso é procurado da Polícia Federal (PF), e estaria foragido no Uruguai e chefe de um dos bandos mais violento da Bahia, conhecido como Bonde do Maluco (BDM), que age nas regiões Norte e Nordeste, com ligação com uma facção criminosa de São Paulo.

No dia 5 de dezembro do ano passado, três suspeitos desse roubo foram mortos em confronto com a Polícia Militar (PM), na cidade de Santa Luzia do Paruá, a 370 km de São Luís. Outros 10 acabaram presos, e alguns ficaram feridos durante o cerco policial. Os criminosos estavam sendo transportados em um caminhão-baú com parte do dinheiro roubado.

Segundo a polícia, o motorista do caminhão tentou avançar sobre uma viatura da Polícia Militar, que fazia uma barreira na estrada. Houve troca de tiros e três bandidos morreram. A polícia também apreendeu 11 fuzis, duas metralhadoras, duas pistolas, além de malotes com cédulas de dinheiro.

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