Eleições 2020

Sem diálogo, base governista pode ter múltiplas candidaturas em SLZ

Até o momento, pelo menos seis nomes apresentam-se como opções ligadas ao Palácio dos Leões

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
(Weverton Rocha)

Faltando pouco mais de um ano para as eleições municipais do ano que vem, e ainda sem um diálogo efetivo sobre estratégias, a base aliada ao governador Flávio Dino (PCdoB) deve mesmo caminhar para a disputa em São Luís – maior colégio eleitoral do Maranhão – com múltiplas candidaturas.

Até o momento, pelo menos seis nomes apresentam-se como opções ligadas ao Palácio dos Leões: o secretário Rubens Júnior (PCdoB), os deputados estaduais Neto Evangelista, Yglésio Moyses (PDT) e Duarte Júnior (PCdoB), o deputado federal Bira do Pindaré (PSB) e o presidente da Câmara, Osmar Filho (PDT).

Nenhum deles, no entanto, tem mantido contatos para organizar as candidaturas de forma a fazer frente ao líder nas pesquisas, Eduardo Braide (PMN).

Para aumentar o clima de tensão na base governista, o presidente estadual do PDT, senador Weverton Rocha, mandou uma espécie de recado aos aliados na manhã de ontem.

Segundo ele, independentemente do lançamento de outras candidaturas, Osmar Filho será candidato a prefeito de Sã Luís pelo PDT caso se viabilize até o ano que vem.

Em entrevista ao Bom Dia Maranhão, da TV Difusora, ele destacou que, como a eleição na capital maranhense pode ter dois turnos, não há problema em a base governista lançar mais de um candidato.

“Sou de grupo. Temos uma aliança de 16 partidos que merecem ser levados em consideração. O PSB tem o Bira do Pindaré, o DEM o Neto Evangelista. O Osmar Filho já comunicou que é pré-candidato e se até o fim do ano ele conseguir se viabilizar, ele tem partido e será candidato. São Luís é diferente, tem dois turnos, cada um pode fazer sua campanha no primeiro turno e no segundo podemos nos juntar”, disse Weverton, que não citou o candidato do PCdoB.

Partidos – Enquanto o próprio Osmar Filho e o secretário de Cidades, Rubens Júnior, já despontam como favoritos em seus partidos – com garantias de apoio em caso de viabilização – há quem ainda dependa de uma sigla para confirmar as pretensões eleitorais.

O deputado Yglésio Moyses segue no PDT, mas como a preferência na legenda é pelo presidente da Câmara de Vereadores, ele terá que procurar nova casa se quiser mesmo disputar a sucessão municipal. O cmainho poderia ser o PSD, hoje sob o comando do deputado federal Edilázio Júnior.

Duarte Júnior, por outro lado, parece ter fechado as portas no próprio PCdoB. Já andou flertando com o PL (antigo PR), comandado pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho, e, mais recentemente, com o PP, do também deputado federal André Fufuca.

MAIS

O MDB recentemente lançou o nome do ex-deputado Victor Mendes como pré-candidato na capital. Na manhã de ontem, reuniu-se com o vereador Astro de Ogum, atualmente no PL – ele diz que pretende ser candidato a prefeito.

Oposição pode ter três candidatos

Enquanto a base aliada não se entende sobre o número de candidatos, ou quais os nomes, partidos de oposição parecem já haver definido seus nomes,

O deputado federal Eduardo Braide, ainda no PMN, é o pré-candidato mais bem posicionado – aparece em primeiro lugar em todas as mais recentes pesquisas. Ele, contudo, ainda não definiu seu destino partidário. Neste mês, confirmou que pode filiar-se ao Podemos.

Pelo Partido Verde quem atua para viabilizar uma candidatura é o deputado estadual Adriano Sarney. Sua articulação, inclusive, chamou atenção da imprensa nacional, com reportagem na revista Crusoé, no fim de semana.

No PSL, quem tenta se viabilizar é o médico Allan Garcês, atual diretor executivo do Departamento de Articulação Interfederativa do Ministério da Saúde. Aliado de Jair Bolsonaro, ele tenta ser o representante do presidente da República na eleição de São Luís.

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