Sonora Brasil

Música no universo indígena em destaque

Temática foi escolhida para a 22ª edição do Sonora Brasil que vai até o dia 31 deste mês

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Grupo Teko Guarani do Povo Guarani Mbya é uma das atrações
Grupo Teko Guarani do Povo Guarani Mbya é uma das atrações (Grupo Teko Guarani)

SÃO LUÍS- Com o tema “A música dos povos originários do Brasil”, a 22ª edição do projeto nacional Sonora Brasil traz à capital maranhense onze apresentações de grupos indígenas de diferentes regiões do país, além de debates e exibição de filmes. Toda a programação é gratuita e acontecerá no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, no Anfiteatro Beto Bittencourt, no Sesc Turismo e Sesc Centro.

As apresentações musicais acontecem de hoje (28) a 31 de julho, no Anfiteatro Beto Bittencourt, localizado ao lado do Centro de Criatividade, em formato de circuitos.

A música é um dos elementos mais ricos da cultura e arte indígena e uma porta de entrada privilegiada a um universo tão diversificado, mas ainda desconhecido. Com cantos, danças e instrumentos de cordas, sopro e percussão, quatro circuitos fazem parte dessa programação que é gratuita e tem classificação livre.

Programação

Integram a programação os grupos tradicionais: Teko Guarani, do povo Mbyá-Guarani (RS) e Nóg gã, Kaingang (RS); Dzubucuá, do povo Kariri-Xocó (AL) e Memória Fulni-ô, Fulni-ô (PE); Opok Pyhokop, do povo Karitianas (RO) e Wagôh Pakob, do Paiter Surui (RO); e pelo grupo Wiyaé que reúne os trabalhos da artista indígena Djuena Tikuna (AM), da cantora e pesquisadora Magda Pucci (SP) e acordeonista Gabriel Levy (SP) do grupo Mawaca e da pesquisadora Diego Janatã (MA).

O Grupo Wagôh Pakob vive na Aldeia Paiter da linha 9, em Rondônia. Além das canções tradicionais relacionadas a rituais, que relatam narrativas míticas e relembram momentos da história dos Paiter ou que retratam tarefas do cotidiano, os Paiter têm canções atribuídas à criação individual e cantadas somente por seus criadores.

A música tradicional do povo Karitiana, um dos muitos grupos indígenas do estado de Rondônia, é fortemente relacionada ao sagrado. Os anciãos são enfáticos nas orientações sobre a execução dos cânticos de proteção e de aplicação de remédios pelo pajé, que, por exemplo, devem ser cantados sempre da mesma forma e sem os instrumentos de sopro.

Já o circuito Wiyaé apresentará um repertório de arranjos elaborados com utilização de instrumentos musicais não indígenas e o trabalho composicional e artístico de uma indígena da atualidade, mostrando as novas perspectivas sobre identidade cultural desses povos.

Sonora Brasil

Há 22 anos, o Sonora Brasil desperta o interesse do público para expressões musicais identificadas com a história da música brasileira, apresentando grupos que estão fora dos grandes centros culturais.

Programação em São Luís/MA

Data: 28 de julho/2019 (domingo)
17h30 – Sonora Brasil – A Música dos Povos Originários da Região Nordeste
Grupo Dzubucuá do Povo Kariri-Xocó (AL)
Grupo Memória Fulni-ô do Povo Funi-ô (PE)
Local: Anfiteatro Beto Bittencourt – São Luís/MA

18h30 – Debate após apresentação com Grupo Dzubucuá do Povo Kariri-Xocó (AL) e Grupo Memória Fulni-ô do Povo Funi-ô (PE)
Local: Anfiteatro Beto Bittencourt – São Luís/MA

Data: 29 de julho/2019 (segunda-feira)
18h – Sonora Brasil – A Música dos Povos Originários da Região Norte
Grupo Wagôh Pakoh do Povo Paiter Surui (RO)
Grupo Byiyyti Osop do Povo Karitianas (RO)
Local: Anfiteatro Beto Bittencourt – São Luís/MA

19h – Debate após apresentação com Grupo Wagôh Pakoh do Povo Paiter Surui (RO) e Grupo Byiyyti Osop do Povo Karitianas (RO)
Local: Anfiteatro Beto Bittencourt – São Luís/MA

Data: 30 de julho/2019 (terça-feira)
15h – Animação: A História de Zahy (Dir. Otoniel Oliveira)
8 min, 16 anos
17h – Debate
Mediador: Fábio Azevedo
Local: Sala de Vídeo Sesc Turismo, São Luís – MA

15h30 – Cine Sesc: Terra Vermelha de Marco Bechis
105 min,10 anos
Mediador: Fábio Azevedo
Local: Sala de Vídeo do Sesc Turismo, São Luís – MA
18h – Sonora Brasil – A Música dos Povos Originários do Rio Grande do Sul

Grupo Teko Guarani do Povo Guarani Mbya (RS)
Grupo Nog GÃ do Povo Kaingang (RS)
Local: Anfiteatro Beto Bittencourt – São Luís/MA
19h – Debate após apresentação com Trajeto Percorrido pelo Grupo Nog GÃ do Povo Kaingang e Trajeto Percorrido pelo povo Grupo Teko Guarani do Povo Guarani Mbya
Local: Anfiteatro Beto Bittencourt – São Luís/MA

Data: 31 de julho/2019 (quarta-feira)
14h – Oficina de Cantos da Floresta “uma aproximação com o universo sonoro indígena brasileiro”
Ministrante: Magda Pucci
Local: Sesc Deodoro Prédio Rosa Castro – Sala de Saxofone (Antigo Almoxarifado) – Centro de São Luís/MA

18h – Sonora Brasil – Apresentação Musical Wiyaé (AM/SP/MA)
Local: Anfiteatro Beto Bittencourt – São Luís/MA
19h – Debate após apresentação com o Grupo Wiyaé (AM/SP)

Local: Anfiteatro Beto Bittencourt – São Luís/MA

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.