Editorial

Prevenção acima de tudo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

Mais um período chuvoso chega ao fim no Maranhão. E os problemas que derivam dele ainda não se despediram do ludovicense. Na área da saúde, dados contabilizados pela Vigilância Epidemiológica de São Luís mostram que foram notificados 457 casos de dengue na capital maranhense somente no período de 1º de janeiro a 29 de junho deste ano.

Segundo o levantamento, 44% foram registrados no mês de maio, período de chuva intenso na cidade. Em números, o percentual equivale a 202 casos de dengue. Desses registros notificados e que constam no banco de dados da Vigilância Epidemiológica, 121 ocorrências foram confirmadas em laboratório. Vale destacar que, até o momento, nenhuma morte foi confirmada por causa da doença.

E não foi só a dengue que deixou rastro na capital. Nos primeiros seis meses deste ano, foram registradas 102 notificações de chikungunya. Destas, 17 foram confirmados em laboratório. Além disso, foram 60 notificações de zika, sendo que, de acordo com a Prefeitura até o momento, não há nenhum caso confirmado da doença.

Até maio deste ano, de acordo com a Prefeitura, havia sido registrada queda de 65% no número de casos de dengue. Em 2018, o Município - de acordo com a coordenadoria do Programa de Arboviroses de São Luís - registrou queda nas notificações.

De acordo com a Semus, de 2017 a 2018, houve redução de 55,5% no número de casos de dengue. No total, considerado zika e chikungunya, foi registrada uma diminuição de 50,2% nos casos notificados de arboviroses. Esses dados mostram que as ações de prevenção e conscientização estão dando resultado.

E todos sabem que é preciso prevenir para evitar as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. É preciso estar atento aos cuidados, que são simples, como observar se há algum recipiente acumulando água no quintal, pôr areia nos jarros para evitar acúmulo de água e afastar o mosquito.

Um cuidado básico que vem sendo esquecido pela população é o descarte do lixo de maneira correta. Reportagem publicada por O Estado na edição de hoje mostra diversos pontos onde há lixoes irregulares pela capital. E são os próprios moradores os responsáveis pela formação dessas estruturas indesejadas, a maioria pegando o lixo de casa e levando para uma área distante do seu local de moradia - em completo desrespeito aos outros habitantes da cidade.

Uma volta rápida pela capital dá a medida exata desse desrespeito. Há lixões no Lira e Bairro de Fátima, Madre Deus, Areinha, Cohabiano, Cohatrac, Jardim Turu, Cohama, Bequimão, Vinhais, Cohab, Angelim e em outros bairros. O perigo é que esses lixões irregulares podem se transformar em possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Como na Avenida 48, via principal da Areinha e onde vários pneus foram descartados recentemente nos arredores da pista.

Quando o assunto é saúde pública, todos devem fazer sua parte. As consequências incluem uma melhor qualidade de vida para a população, melhorando a saúde de corpo e mente.

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