Polêmica

Na Bahia, Bolsonaro promete não deixar mais obras paradas no Brasil

Presidente da República fez promessa durante a inauguração do aeroporto da Bahia; segundo Jair Bolsonaro, as obras a serem executadas pelo Governo Federal não incluem as "eleitorais"

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Presidente Jair Bolsonaro prometeu não deixar obras paradas no país
Presidente Jair Bolsonaro prometeu não deixar obras paradas no país (Bolsonaro)

Vitória da Conquista

O presidente Jair Bolsonaro prometeu ontem não deixar mais obras paradas no país, mas afirmou que não vai aplicar recursos no que considera projetos com fins eleitorais. “Obras eleitoreiras não aconteceram mais a partir do meu governo”, disse Bolsonaro durante ato de inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista (BA).
Na véspera, o governo Bolsonaro anunciou um bloqueio adicional de R$ 1,4 bilhão no Orçamento e revisou a previsão de crescimento da economia de 1,6% para 0,8%. Falando a apoiadores que o aguardavam confinados numa espécie de comício do lado de fora do aeroporto, o presidente admitiu "dificuldades" da economia.
“Nosso governo não tem muitos recursos. O Brasil está com dificuldades, mas o pouco que temos muito bem empregaremos”, disse Bolsonaro, usando no palanque um chapéu de vaqueiro.

Recursos
A construção do aeroporto foi realizada com recursos do Governo Federal e do governo do Estado. Como o presidente decidiu participar do evento, o Palácio do Planalto assumiu a organização e forneceu um número reduzido de convites ao governo baiano (100 de um total de 600 convidados), o que causou atrito com o governador Rui Costa (PT). O petista desistiu de ir à cerimônia pública e não autorizou que a Polícia Militar fosse empregada na segurança - feita, por consequência, pelo Exército, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
“Não é uma obra minha, nem de qualquer outro presidente ou qualquer governador. É uma obra feita com dinheiro do povo brasileiro”, disse Bolsonaro.
“Lamento muito o governador não estar aqui, afinal de contas ele estaria ao lado do seu povo. Nós não temos qualquer preconceito. Não queremos dividir partidos. Não aceitamos, obviamente, o socialismo e o comunismo. Não admitimos mudar a cor da nossa bandeira. Não podemos admitir qual­quer partido que queira solapar os valores familiares. Não podemos admitir quem queira deixar de lado, desrespeitar religiões. O Estado é laico, mas nós somos cristãos”, discursou o presidente, a uma plateia fechada.

Dados da obra
do aeroporto

Conforme o Ministério da Infraestrutura, o aeroporto será aberto para voos comerciais na quinta-feira, dia 25, e beneficiará cerca de 2,3 milhões de pessoas da região. O custo foi de R$ 105,8 milhões - sendo R$ 74,6 milhões repassados pela União. A autorização e o envio dos recursos ocorreram em governos do PT.

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