Férias e verão

Maranhão registra maior variação no consumo de energia no país

Segundo dados preliminares do InfoMercado Dinâmico da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), coletados entre os dias 1º e 15 deste mês, o estado teve aumento de 9,3% no consumo de energia, oalcançando 1.030 MW médios

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

O Maranhão registrou crescimento de 9,3% no consumo de energia na primeira quinzena de julho, o maior no país, segundo dados preliminares de medição dos valores coletados do InfoMercado Dinâmico da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Desse modo, entre 1º e 15 de julho deste ano, o estado consumiu 1.030 MW médios de energia elétrica, 87MW a mais que o a mais que o registrado em igual período de 2018 (943 MW).

As férias escolares e também o verão (com altas temperaturas) seriam o motivo desse aumento, pois a presença das crianças em casa e o calor provocar um pico no consumo residencial por conta da maior utilização de equipamentos como ar condicionado, ventiladores, TVs, geladeiras, computadores e lâmpadas.

Com esse aumento de 9,3%, o Maranhão contribuiu para que o submercado Norte tivesse crescimento de 7,5%, saindo de 4.725 MW médios para 5.078 MW médios, no período de 1º a 15 de julho. É que o estado, embora geograficamente esteja na região Nordeste, integra o submercado Norte do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Depois do Maranhão, a maior alta no consumo de enbergia foi verificada no Pará, também integrante do submercado Norte, que saltou de 2.275 MW médios para 2.446 MW médios. Também se destacam os estados de Pernambuco (5,8%), Amazonas (6,8%) e Mato Grosso (6%), os quais também contribuíram para manter o consumo nacional no mesmo patamar do ano passado.

Os dados preliminares acentuam ainda redução de 1,4% no consumo de energia em São Paulo em relação ao mesmo período do ano passado, caindo de 15.679 MW médios para 15.456 MW médios. A diminuição no principal estado consumidor fez com que o SIN registrasse crescimento de apenas 0,2% no consumo.

Além de São Paulo, os estados de Minas Gerais (-2,8%), Rio Grande do Sul (-3,7%) e Bahia (-3,2%) tiveram retrações significativas no consumo de energia. Juntos, estes quatro estados somaram uma diminuição de 666,2 MW médios. Com montantes inferiores, Goiás (-1,2%), Sergipe (-4,6%) e Piauí (-3,3%) também fecharam a primeira quinzena de julho com redução no consumo.

Mercado regulado e livre

O Ambiente de Contratação Regulada (ACR), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras -onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros -, apresentou diminuição no consumo de 0,5% em relação a julho de 2018, considerando a mudança de clientes cativos para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). Excluindo o impacto das migrações, o ACR registraria aumento de 1,3%.

Já no Ambiente de Contratação Livre (ACL) no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (como consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), o consumo apresentou aumento de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado - considerando a migração de cargas. Ao excluir este impacto, o mercado livre registraria retração de 2,4%.

Os segmentos da indústria avaliados pela CCEE que registraram maior crescimento de consumo foram: transporte (18,2%), bebidas (14%) e alimentício (12,8%). A expansão desses setores está vinculada à migração dos consumidores para o mercado livre. Ao excluirmos este impacto, verificamos crescimento para os seguintes ramos: bebidas (7,3%), alimentícios (5,3%) e manufaturados diversos (3,2%).

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