Punição

Rodrigo Duterte pede a volta da pena de morte nas Filipinas

Presidente aproveita sua popularidade para voltar a defender uma das suas promessas de campanha. Pena capital foi abolida no país em 2006; ele combate drogas e corrupção

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Presidente filipino, Rodrigo Duterte, faz discurso sobre o estado da nação no Congresso em Manila
Presidente filipino, Rodrigo Duterte, faz discurso sobre o estado da nação no Congresso em Manila (Reuters)

MANILA - O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, pediu ontem,22, ao Congresso que reinstaure a pena de morte para crimes relacionados com drogas e corrupção.

"Solicito respeitosamente ao Congresso que restabeleça a pena de morte para crimes atrozes relacionados com drogas e saque de fundos públicos", disse Duterte em seu discurso anual sobre o estado da nação, em uma sessão conjunta da Câmara dos Representantes e do Senado que inaugura o exercício parlamentar.

"As drogas não serão aniquiladas a menos que consigamos eliminar a corrupção, que permite que esse monstro social sobreviva", advertiu o presidente.

Apesar de sua retórica de combate à corrupção, vários legisladores considerados aliados de Duterte, presentes no ato, envolveram-se em casos de corrupção e chegaram a ser processados por isso.

Alta popularidade

Duterte aproveita sua popularidade, já que chega à metade do seu mandato com 85% de aprovação, para voltar a defender uma das suas promessas de campanha. A pena capital foi abolida no país em 2006.

Anteriormente, um projeto de lei sobre o tema chegou a passar na Câmara dos Representantes, mas foi paralisado no Senado.

No entanto, após as eleições de maio, a nova composição do Senado, que foi dominado por seus aliados, pode permitir que seus projetos avancem.

Entre os novos senadores está o ex-chefe da polícia, Roland "Bato" de la Rosa - mentor das sangrentas operações da guerra contra as drogas.

A expectativa é de que sua agenda legislativa prossiga sem obstáculos nos três anos de mandato que o presidente tem pela frente.

Desde que Duterte chegou à presidência, há três anos, a campanha contra drogas já matou 6.600 pessoas, segundo a polícia. Esse número, porém, é contestado pelos grupos de direitos humanos que acreditam que chegue a 27 mil o número de mortos.

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