Perigo

Atividade do vulcão Ubinas faz 30 mil pessoas deixarem suas casas no Peru

Governo decretou estado de emergência para poder retirar pessoas das residências com mais facilidade

Daniel Matos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Pai e filha observam, da porta de casa, o vulcão lançando cinzas
Pai e filha observam, da porta de casa, o vulcão lançando cinzas (Vulcão)

LIMA - A recente atividade do vulcão Ubinas, que fez o governo do Peru decretar estado de emergência em sete distritos no sul do país, obrigou que 29,7 mil pessoas deixassem suas casas desde a última quinta-feira (18).

As cinzas cobriram 617 escolas e 20 unidades de saúde nas regiões de Moquegua, Arequipa, Tacna e Puno, de acordo com um relatório divulgado neste domingo pelo Centro de Operações de Emergência Nacional (Coen) do Peru.

O maior número de desabrigados está em Puno, que faz fronteira com a Bolívia, onde 19 mil pessoas deixaram suas casas. Em Moquegua foram outras 9,2 mil, segundo o Coen.

O governo do Peru decretou estado de emergência em sete distritos para acelerar operações para retirar a população da região mais próxima ao vulcão e distribuir ajuda aos afetados.

Atividade se intensificou desde o dia 18

A atividade do vulcão cresceu em intensidade desde a última quinta-feira, quando o Ubinas chegou a expelir uma coluna de fumaça de cinco quilômetros de altura. O vento dispersou as cinzas, que chegaram até a cidades da Bolívia.

A erupção é considerada como moderada, de acordo com Jersy Mariño, especialista do Instituto Geológico de Mineração e Metalurgia (Ingemmet). Segundo ele, o Ubinas é um considerado um vulcão bastante ativo e é comum que registre atividade a cada cinco ou seis anos.

Por esse motivo, Mariño recomendou que o governo evacue os principais povoados que estão no vale do Ubinas, um dos oito vulcões que estão no sul do Peru.

Sem restrições

No domingo (21), a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que não há restrições de voos no Brasil por causa das cinzas vulcânicas. No sábado (20), o órgão chegou a afirmar que parte dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo poderia ser afetada pelas cinzas.

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