Geração de energia

Eneva pode participar em até três projetos no leilão A-6

Estratégia de negócios da empresa é montada no modelo reservoir-to-wire, que busca viabilizar os projetos de gás natural com o aproveitamento da produção em usinas térmicas, reduzindo o custo da infraestrutura e do transporte

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Termelétrica a gás natural da Eneva, instalada no município maranhense de Santo Antonio dos Lopes
Termelétrica a gás natural da Eneva, instalada no município maranhense de Santo Antonio dos Lopes (eneva)

Com um parque termelétrico instalado de 2,2 GW no Maranhão, que conso­me até 2,2 milhões de m³/dia de gás natural, quando as usinas estão despachando 100% de energia, a Eneva deve entrar firme no próximo leilão de energia A-6, marcado para 17 de outubro. A companhia tem um projeto próprio de usina termelétrica a gás natural inscrito na Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Além disso, negocia a participação em outros dois projetos inscritos para o leilão, com outros sócios.
A participação no próximo leilão A-6 faz parte da estratégia da Eneva de dobrar sua capacidade de geração instalada até 2023. “Temos planos de expansão ambiciosos e estamos permanentemente avaliando as oportunidades no mercado”, diz Lino Cançado, vice-presidente de Operações da Eneva.
Além disso, hoje, a empresa tem mais dois projetos em andamento: a Usina Parnaíba V, na Bacia do Parnaíba, no município maranhense de Santo Antonio dos Lopes, com 385 MW de capacidade, que deve começar a gerar energia em 2024; e o projeto de Jaguatirica II, previsto para entrar em operação em 2021, com 132,3 MW de capacidade instalada. A empresa projeta um consumo diário de 600 mil m³/dia nesta nova usina.
O projeto de Jaguatirica vai permitir que a Eneva monetize o Campo de Azulão, no Amazonas, comprado da Petrobras em 2017. Segundo a empresa, as obras da usina, que atenderá 50% das necessidades energéticas do estado de Roraima, estão avançando rapidamente. Os equipamentos para liquefação, tancagem e carregamento do GNL, que será transportado de Azulão até a usina, já estão contratados com a Galileo, empresa argentina de capital britânico.

Reservoir-to-Wire
Toda estratégia de negócios da Eneva está montada no mode­lo Reservoir-to-Wire, que busca viabilizar os projetos de gás natural com o aproveitamento da produção em usinas térmicas, reduzindo o custo da infraestrutura e do transporte. Por isso, no momento, não há planos para fornecimento de gás para outros clientes.
“Todo o gás produzido nos campos de Parnaíba está comprometido para o atendimento dos contratos de fornecimento de energia”, explica Rômulo Florentino, coordenador de Relações Institucionais e Assuntos Regulatórios da Eneva.
No longo prazo, no entanto, a empresa não descarta a possibilidade de usar seu know-how na área de midstream para comercializar o gás natural produzido em campos de terceiros. Nesse caso, a Eneva faria a operação de transporte do gás para abastecer novos projetos térmicos em seu parque de geração e fornecer o insumo para clientes de outros segmentos.

Mais

Operadora privada

A Eneva tem um parque de geração térmica com 2,7 GW de capacidade contratada (85% operacional), sendo 1,4 GW à gás natural (67% ) e 725 MW à carvão mineral (33%). É a terceira maior empresa em capacidade térmica do país, responsável por 11% da capacidade térmica a gás instalada nacional.
Na parte de óleo e gás, é a maior operadora privada de gás natural do Brasil, com capacidade de produção de 8,4 milhões de m³ por dia. A Eneva opera mais de 40 mil km² de área na Bacia do Parnaíba, no Maranhão, área equivalente ao tamanho da Suíça.

Números

2,2

Gigawatts de energia são produzidos pelo complexo termelétrico da Eneva no Maranhão

2,2

Milhões de m³/dia de gás natural são consumidos quando as usinas estão despachando 100%

385

Megawatts será a capacidade da Usina Parnaíba V, que deve começar a gerar energia em 2024

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