Esquema criminoso

Fraude em licitação para coleta do lixo é descoberta em Aldeias Altas

Polícia prende secretário de Infraestrutura e funcionário da Prefeitura e procura donos das empresas envolvidas na fraude

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
(Documentos)

SÃO LUÍS - O Ministério Público do Maranhão e a Polícia Civil realizaram ontem um cerco policial que resultou na prisão do secretário municipal de Infraestrutura de Aldeias Altas, Antônio José de Sousa Paiva, e do presidente da Comissão Permanente de Licitação do município, Jaime Neres dos Santos. Eles são acusados de cometerem irregularidades na contratação da empresa M L Barroso Moura-ME para a realização de serviços de limpeza urbana da cidade, cujo contrato foi aditivado nos anos 2018 e 2019.

Até o fim da tarde de ontem, a polícia ainda realizava diligências na Ilha e no interior do estado visando prender Melissa Lima Barroso, Paulo Roberto Feitosa Wanderley, Paulo Valério Mendonça e George Luís Damasceno Borralho. Ainda segundo a polícia, a prisão está sendo em cumprimento de uma ordem judicial expedido pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Caxias como ainda apreenderam documentos e uma arma de fogo.

A decisão judicial é resultado de um pedido feito pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caxias, que durante uma investigação constatou irregularidade na contratação da M L Barroso Moura, em 2017, e indícios de associação criminosa.

Ficou constatado que o procedimento licitatório foi superfaturado. Tanto a empresa vencedora do certame como uma das perdedoras, a Impacto Construção Civil Ltda., tendo como um dos responsáveis legais, Paulo Valério Mendonça, participaram diretamente dessa ação criminosa.

Paulo Valério chegou a receber mais de R$ 1 milhão da empresa M L Barroso Moura – ME. Além disso, ficou constatado que a empresa investigada também fez transferências bancárias para os familiares de Antônio José Sousa Paiva e do presidente da Comissão Permanente de Licitação, Jaime Neres dos Santos.

Durante a operação na residência do dono da empresa, na Península da Ponta d’Areia, os policiais apreenderam documentos e veículos de lixo, mas não encontraram os proprietários.

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