Mais reformas

Líderes na Câmara cobram novas reformas após aprovação da Previdência

Deputados, após uma semana de articulações que possibilitaram a aprovação da reforma da Previdência em 1º turno, cobram análise da reforma Tributária

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Rodrigo Maia anunciou votação da Previdência em 2º turno para agosto
Rodrigo Maia anunciou votação da Previdência em 2º turno para agosto (rodrigo maia)

Brasília - Após uma semana intensa de articulações e votações, líderes comemoraram a aprovação, pelo Plenário da Câmara dos Deputados, da reforma da Previdência (PEC 6/19) em primeiro turno. A oposição disse que vai continuar na luta para alterar pontos da proposta no segundo turno.
Ao final da votação, que ocorreu no fim da noite da última sexta-feira, 12, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), agradeceu os deputados pelo “comprometimento com a democracia”.
Líder do governo, o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) celebrou a aprovação em primeiro turno. “Vamos presentear o Brasil com uma Previdência mais justa e sustentável”, sustentou.

Agenda positiva
Muitos parlamentares pediram que a mudança na Previdência seja seguida por alterações nos impostos, além de outros projetos de uma agenda positiva.
Para o deputado Giovani Cherini (PL-RS), ainda não há muito motivo para celebração. “A festa tem que ser na retomada do emprego e no crescimento econômico”, afirmou, destacando a necessidade de uma reforma tributária.
O líder do Podemos, José Nelto (GO), disse que vai reivindicar novas ações do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Vou cobrá-lo para apresentar uma agente positiva para a Nação, abrindo o capital e gerando riqueza e renda”, comentou.
Ele ressaltou os acordos feitos para beneficiar categorias e retirar da reforma da Previdência trechos relacionados aos trabalhadores rurais e ao Benefício de Prestação Continuada. “Mostramos para o Brasil que podemos apresentar a melhor reforma.”
Para o relator da proposta, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), o texto é apenas um alicerce para as ações do governo. “Temos ainda uma caminhada, a votação em segundo turno, mas, a partir dali, é com o governo, que terá de entregar suas promessas”, declarou.

Oposição
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), enalteceu a atuação da oposição, que fez destaques e marcou posição. Reiterou ainda que não desistiu de alterar pontos da reforma.
“Não desistiremos de garantir a pensão mínima de um salário-mínimo para as mulheres. Essa batalha não está resolvida”, apontou.
A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) lamentou a votação de uma reforma que chamou de “antipovo”. “Mas temos fé na luta e na resistência”, ponderou.
Por sua vez, o líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), comemorou a união de partidos contrários ao governo Bolsonaro. “Os deputados da oposição saem desse processo maiores do que entraram”, ao ressaltar que parlamentares cobraram uma reforma que não afetasse os mais pobres.
Molon disse ainda que oposição teve vitórias nas conquistas para professores e para homens da ativa.

Senado vai propor outra PEC

O Senado deverá incluir os servidores públicos estaduais e municipais na reforma da Previdência Social por meio de uma segunda proposta de emenda à Constituição (PEC). Com isso, o texto principal da reforma poderá ser aprovado pelos senadores.

2º turno para a reforma da Previdência só em agosto

A votação em plenário do segundo turno da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados ficará para 6 de agosto. Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a decisão foi tomada por preocupações de que o quórum baixo comprometa o texto aprovado em primeiro turno.
O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse acreditar que a reforma seja aprovada pelo Senado em setembro deste ano. Se os senadores reincluírem os estados e municípios à reforma, Marinho defendeu que o tema tramite numa proposta de emenda à Constituição em separado para não impactar os prazos.
O adiamento do segundo turno para o início de agosto foi informado diversas vezes ao longo da tarde, mas só foi oficializado por Maia depois da conclusão das votações em primeiro turno.
No fim da tarde, o presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), também confirmou a conclusão do segundo turno no plenário da Casa somente em agosto.

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