COLUNA

As posições no MA e em Brasília

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

A reforma da Previdência vai seguindo em análise na Câmara dos Deputados. Foi aprovado o texto-base em primeiro turno. Ainda restam destaques e a votação em segundo turno. Neste cenário, é definida a posição da bancada do Maranhão. A maioria se mostrou favorável na primeira votação. Primeiro que os chamados “entraves sociais” como o da aposentadoria do trabalhador rural e também o BPC foram vencidos ainda na análise da comissão especial que apresentou parecer votado na Casa.
Com isto, até deputados aliados do governador Flávio Dino (PCdoB), como Juscelino Filho (DEM), André Fufuca (PP) e Pedro Lucas Fernandes (PTB), ficaram à vontade para contrariar o comunista e dizer sim ao que foi proposto para mudar o sistema previdenciário.
E em troca desta “traição”, os deputados formam as fileiras dos parlamentares que não quiseram incluir os estados e municípios no texto-base da reforma da Previdência.
Se é bom para o Brasil e se é bom para os maranhenses, não importa. Importa, para os deputados, é fazer o jogo político que garante a duplicidade de atuação parlamentar. Uma no Maranhão e outra em Brasília.
Mesmo diante de uma “acerto”, há quem critique a base aliada do governador. Nos bastidores, existem defensores de uma pauta em comum. E esta pauta seria assumir como certa a posição defendida por Flávio Dino para manter a ideia de que o governador tem sua base coesa com seus posicionamentos.

Proposta
O senador maranhense Roberto Rocha (PSDB) levantou uma questão importante sobre a reforma da Previdência ontem, na comissão especial da Casa que analisa a proposta.
Segundo o tucano, se o Senado for incluir estados e municípios, a matéria vai voltar para a Câmara e no fim a reforma da Previdência, se for concluída, será em 2021, apenas.
O senador maranhense apresentou a possibilidade de promulgar proposta do senador Tião Viana já aprovada na Casa que versa sobre o sistema previdenciário de estados e municípios.

Críticas
Ao fazer tal proposta, Roberto Rocha agradeceu o apoio da também maranhense Eliziane Gama (Cidadania), que concorda com a proposta e disse que ela pensa na realidade diferente do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
Segundo Rocha, Dino é um dos culpados para que o texto que será aprovado na Câmara saia sem a inclusão de estados e municípios.
E o motivo apresentado pelo tucano é o de que o governador maranhense se mantém em cima de um palanque eternamente.

Discussão
O presidente da Mesa Diretora da Câmara de São Luís, Osmar Filho (PDT), confirmou que o seu nome é debatido nos bastidores de sua legenda para a sucessão municipal em São Luís.
Segundo ele, trata-se de um “debate que está posto” internamente. Mas não é somente o dele. Os chamados históricos do PDT trabalham - pelo menos uma parte - pelo nome do secretário Ivaldo Rodrigues.
O fato é que Osmar tem certa vantagem interna por ter o nome referendado pelos principais dirigentes do partido como o próprio presidente pedetista, senador Weverton Rocha.

Atuação
O deputado federal Aluisio Mendes (PODE) participou de articulação partidária para inclusão de emenda à PEC da Previdência para garantir melhores regras às aposentadorias dos policiais. Segundo o parlamentar, com as inclusões, a categoria terá 100% dos vencimentos garantidos na aposentadoria, podendo usufruir de reajustes iguais aos servidores da ativa.
Para as mulheres, a idade mínima será de 52 anos e, para homens, de 53 anos.

Travamento
Governistas deverão se organizar para reprovar hoje o Requerimento nº 400, de autoria dos deputados estaduais Adriano Sarney (PV), César Pires (PV) e Wellington do Curso (PSDB) que solicita lista de funcionários da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap).
Ontem, na Mesa, a matéria foi reprovada, e o presidente da Assembleia, Othelino Neto, deixou para o plenário a decisão final.
Chama a atenção é o que o governo deseja esconder, já que os líderes do Executivo na Casa alegam que não há ilegalidade na administração portuária.

Projeto
O projeto do Centro de Comércio Informal foi apresentado aos vereadores de São Luís, que vinham cobrando do Poder Executivo saída para os ambulantes que vendiam na Rua Grande.
Pela proposta da Prefeitura, um shopping de comércio informal será erguido com nove lojas âncoras, 987 boxes e 270 vagas de estacionamentos.
A obra somente deverá ser entregue no fim de 2020. Enquanto isto, os vendedores informais estão sendo direcionados para o local que fica no Mercado Central e onde já funciona o comércio informal de São Luís.

DE OLHO

R$ 40 milhões é o valor previsto pela Prefeitura de São Luís para a construção do Centro de Comércio Informal de São Luís, que será implantado na região próxima ao Ginásio Costa Rodrigues.

E MAIS

• O governador Flávio Dino preferiu “se calar” sobre a reforma da Previdência no dia marcado para que a Câmara dos Deputados votasse, em primeiro turno, a matéria.

• Antes um constante nas redes sobre o assunto, o comunista preferiu o silêncio para não pressionar os aliados - a maioria por sinal - que votarão a favor da matéria tão criticada por Dino.

• Isto demonstra que a base aliada do governo estadual na Câmara não se dedica a agradar os desejos do chefe do Executivo. Bem diferente dos deputados estaduais, totalmente voltados à vontade do Palácio dos Leões.

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