SAÚDE

Dependência química foi discutida durante simpósio na capital

Evento encerrado ontem teve participação de especialistas de renomes local e nacional

MONALISA BENAVENUTO / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

A dependência química é um assunto recorrente na atualidade nacional. Apesar de não haver dados oficiais referentes à população dependente química do Maranhão, especialistas demonstram preocupação sobre a dimensão desta situação no estado. A fim de promover o debate e a disseminação de conhecimento a respeito da do consumo de drogas lícitas e ilícitas, foi realizado no auditório central do Conselho Regional de Medicina (CRM-MA), no fim de semana, o Simpósio de Dependência Química do Maranhão
Promovido pelo Instituto Ruy Palhano, em parceria com a Associação Brasileira de Estudo de Álcool e outras Drogas (Abead), o evento abordou a situação do consumo de drogas no Brasil e no mundo, apresentando um panorama sobre a atual realidade do problema que, de acordo com a psicóloga e presidente da Abead, Sabrina Presman, gera preocupação, principalmente, no que se refere às políticas voltadas para combater o consumo de drogas no país.

“As políticas estão começando a ser implementadas, mas se precisa de muito mais que isso, são necessárias ações efetivas para auxiliar as pessoas que precisam de ajuda na dependência de drogas, porque a gente sabe que a mortalidade e os malefícios vindos das drogas lícitas e ilícitas são bastante graves e, além da saúde, afetam a vida em sociedade, a família destes dependentes, o mercado de trabalho, a segurança em relação à prevalência das drogas”, demonstrou a especialista palestrante durante o evento.

Além de Presman, que abordou temas relacionados ao tratamento da dependência química, o simpósio contou com a participação de psiquiatras reconhecidos nacionalmente, como Gabriel Landsberg, Osvaldo Said e Roseana Ribeiro, do Rio de Janeiro, além dos maranhenses Bruno Palhano, Samia Damous e o anfitrião Ruy Palhano, presidente do instituto que leva seu nome. Além das palestras voltadas para o tema, o evento ofereceu dois minicursos ao público presente, composto por membros da comunidade acadêmica, profissionais da saúde como psicólogos e psiquiatras e demais estudiosos da área da saúde mental.

Para o idealizador do evento, a discussão do tema é indispensável para alertar sobre o problema e fomentar ações capazes de reverter a realidade da dependência química no país. “Um levantamento feito pela Universidade de São Paulo mostrou que 12% da população brasileira adulta e 5 a 7% da juventude são dependentes de álcool, 4,5 milhões de pessoas são dependentes de cannabis, quase dois milhões de pessoas dependentes de cocaína. São números que nos chamam atenção sobre a necessidade de fortalecimento de políticas de enfrentamento a esta situação e é esse o grande sentido deste simpósio, discutir com a população maranhense o que se passa no país e no mundo”, esclareceu Ruy Palhano.

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