Pedido

DPU quer pensão a família de mortos em chacinas de Coquilho

Pedido foi feito a Justiça Federal contra os autores do crime e os órgão envolvidos, como a Caixa e a Construtora, no caso ocorrido em janeiro

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

SÃO LUÍS - A Defensoria Pública da União (DPU) solicitou ao Poder Judiciário uma pensão aos familiares dos mortos da chacina, ocorrida no dia 3 de janeiro deste ano, na área de construção de um condomínio do programa federal Minha Casa, Minha Vida, no Coquilho, zona rural da capital. As vítimas foram Joanderson da Silva Diniz, de 17 anos; Gildean Castro Silva, de 14 anos, e Gustavo Feitosa Monroe, de 18 anos.

O defensor da DPU, Yuri Costa, declarou ontem em entrevista a TV Mirante que impetrou com esse pedido de pensão na Justiça Federal, na Areinha, contra os acusados do crime, o soldado da Polícia Militar Hamilton Caires Linhares e o vigilante Evilásio Lemos Ribeiro Júnior, à Caixa Econômica Federal e a construtora responsável pela obra. Essa ação tem como natureza de reparação moral e material aos familiares das vítimas.

De acordo com a polícia, a chacina foi motivada devido ter ocorrido pequenos furtos na área de construção do condomínio e a construtora responsável pela obra, acabou contratando profissionais da área de segurança pública para a vigilância armada em apoio aos vigilantes da área. .

No dia 3 de janeiro, as vítimas teriam ido à área de construção, para pegarem restos de materiais de obra e acabaram abordados pelo soldado Hamilton e o vigilante Evilásio Júnior. Os três foram levados para a uma área de matagal onde dois foram baleados quando estavam de joelhos, e o terceiro, foi morto em pé. O autor dos tiros teria sido o soldado, enquanto o vigilante evitou a fuga das vítimas.

Os corpos somente foram encontrados no dia seguinte por populares e removidos para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga. Foram constatadas pelos peritos do Icrim marcas de tiros nas mãos e na nuca dos jovens.

Prisões

Ainda no dia 7 de janeiro, quatro dias depois, foi preso por ordem judicial o soldado Hamilton. O militar disse que ao avistar os jovens teria efetuado tiros para o alto como forma de advertência. Em relação a pistola, ele afirmou que a perdeu e não registrou boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da arma. No momento ele está custodiado no presídio militar, no Calhau. O outro suspeito também foi preso em cumprimento de uma ordem judicial e está no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.