Casos de dengue, chikungunya e zika aumentam 83% no Maranhão
De acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, as chamadas arboviroses aumentaram no período de 30 de dezembro do ano passado a 15 de junho deste ano, em comparação ao mesmo intervalo entre 2017 e 2018
SÃO LUÍS - O número de casos das chamadas arboviroses (dengue, chikungunya e zika) no Maranhão aumentou em 83% no período de 30 de dezembro do ano passado a 15 de junho deste ano, em comparação ao mesmo intervalo entre 2017 e 2018, de acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 24 do mês passado. O Estado fechou a vigésima quarta Semana Epidemiológica (SE) com quatro mortes causadas pelo mosquito Aedes.
Até o dia 15 de junho, o Maranhão tinha um saldo de 4.169 casos de arboviroses - entre os quais 3.497 (maior 107.3%) eram de Dengue; 540 (maior 7.1%) de Chikungunya e 132 (maior 51.7%) de Zika. As notificações destes casos foram superiores à quantidade contabilizada pelo Ministério da Saúde no mesmo período do calendário 2017/2018, quando o registrado chegou a 2.278 casos. Ou seja, boletim deste ano é alerta para população maranhense.
O aumento do número de casos mostra, sobretudo, que muito pouco ainda tem sido feito para combater a epidemia a que o mosquito Aedes aegypti, causador da Dengue, Chikungunya e Zika, pode desencadear nos municípios maranhenses. Embora o estado tenha se despedido do verão, época em que os casos são mais frequentes em consequência às intensas chuvas, ainda assim a recomendação do Ministério da Saúde é não descuidar sob nenhuma hipótese.
Óbitos por Dengue
Até a 24° Semana Epidemiológica, o Maranhão havia registrado quatro mortes causadas pelo mosquito Aedes aegypti - contra duas notificadas durante o mesmo período no ano passado -, todas decorrentes à Dengue. Do total de casos da doença registrados neste ano, 90 foram classificados como quadros com sinais de alerta e 16 como quadro grave.
Em todo o Brasil, até o momento, foram confirmados 388 óbitos e 461 estão em investigação, e o aumento, em relação ao mesmo período do ano, atinge 578,26%. Vale lembrar que a Dengue é uma virose transmitida por um tipo de mosquito (Aedes aegypti) que pica apenas durante o dia. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do arbovírus, que produzem as mesmas manifestações.
Em geral, o início é súbito com febre alta, dor de cabeça e muita dor no corpo. É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou da rubeola, e prurido (coceira) no corpo. Pode ocorrer, às vezes, algum tipo de sangramento (em geral no nariz ou nas gengivas). A doença não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra
SAIBA MAIS
Nota da SES
"A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que desenvolve ações de mobilização, educação em saúde e assessoria técnica no estado. Isto é, para realização de ações de monitoramento das atividades de campo e vigilância dos casos, a SES efetua capacitações técnicas para profissionais de saúde dos 217 municípios maranhenses, como medida preventiva.
Como resultado das estratégias desenvolvidas pela SES em parceria com os municípios, o Maranhão aparece com a menor incidência de casos notificados do Nordeste e nenhuma das 217 cidades maranhenses aparecem com alta incidência de dengue, zika e chikungunya. Após a redução de casos por dois anos consecutivos, a situação é considerada sob controle no estado.
Dentre as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti também realizadas pela SES estão a nebulização com carros fumacê, as inspeções em prédios públicos estaduais (escolas, unidades de saúde e secretarias estaduais), apoio institucional e assessoria técnica aos municípios para o controle das arboviroses."
NÚMEROS
Ano 2017/2018
Dengue – 1.687
Chikungunya – 504
Zika – 87
Mortes – 02
Ano 2018/2019
Dengue – 3.497
Chikungunya – 540
Zika – 123
Mortes - 04
FIQUE POR DENTRO
O que a população deve fazer para combater o mosquito Aedes Aegypti?
A principal ação que a população tem é se informar, conscientizar e evitar água parada em qualquer local em que ela possa se acumular, em qualquer época do ano.
As principais medidas de prevenção e combate ao Aedes Aegypti são:
- Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água;
- Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;
- Manter caixas d’agua bem fechadas;
- Remover galhos e folhas de calhas;
- Não deixar água acumulada sobre a laje;
- Encher pratinhos de vasos com areia ate a borda ou lavá-los uma vez por semana;
- Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
- Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;
- Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;
- Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
- Acondicionar pneus em locais cobertos;
- Fazer sempre manutenção de piscinas;
- Tampar ralos;
- Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;
- Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;
- Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;
- Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;
- Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;
- Catar sacos plásticos e lixo do quintal.
Saiba Mais
- Conheça ações preventivas para evitar a proliferação do Aedes aegypti
- Ações de combate ao mosquito Aedes aegypti são intensificadas em São Luís
- Iniciada segunda etapa de Levantamento Rápido de Índices para o Aedes Aegypti
- Lançada campanha nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti
- Casos de dengue caem 57,50% este ano, em comparação com 2019
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.