Depoimento

Comissão analisa amanhã pedido sobre depoimento de Tiago Bardal na Câmara

Deputada Perpétua Almeida (PcdoB-AC) pediu que comissão não aceite depoimento do ex-delegado; presidente capitão Augusto deu parecer contra pedido da parlamentar e amanhã comissão analisará

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Deputado Aluisio Mendes vai presidir comissão que ouvir delegados
Deputado Aluisio Mendes vai presidir comissão que ouvir delegados (Aluisio Mendes)

Ficou para amanhã a deliberação sobre o depoimento do ex-delegado Tiago Bardal a Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados. A deputada Perpetua Almeida (PcdoB-AC) entrou com requerimento contestando a legalidade da ida de Bardal a comissão. O depoimento do ex-delegado – que acuso o secretário de Segurança do Maranhão, Jefferson Portela, de detemrinar interceptações telefônicas de desembargadores e políticos sem decisão judicial – ocorre amanhã.
A decisão do presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, deputado Capitão Augusto (PSL-SP) foi de rejeitar o pedido foi feito pela deputada Perpétua Almeida.
Bardal e o também delegado Ney Anderson Gaspar serão ouvidos, após requerimento do deputado Aluisio Mendes (Pode-MA), sobre denúncias de uso da estrutura da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) do Maranhão, comandada pelo também delegado Jefferson Portela, para monitorar ilegalmente autoridades estaduais.
Em seu parecer, Augusto destacou que há vícios formais e de mérito na solicitação da comunista.
Segundo ele, o recurso não é o instrumento adequado para o pleito da parlamentar “uma vez que, fundamentado no inciso XXI do art. 57 do RICD, não há Questão de Ordem a ser recorrida, caracterizando-se como antirregimental a interposição de Recurso à deliberação do Colegiado pela aprovação do Requerimento de Audiência Pública n. 60/2019”.
O presidente da Comissão posicionou-se, ainda, sobre o pedido da deputada apara tornar sem efeito o pedido de audiência, sob o argumento de que só é possível a oitiva de presos processuais por requerimento de Comissão Parlamentar de Inquérito ou do Conselho de

Ética
Bardal está preso acusado de integrar quadrilha ligada a assaltos no Maranhão.
Para Capitão Augusto, esse pedido também não deve prosperar, porque a oitiva do delegado pode ser feita por videoconferência.
“A restrição prevista no Ato da Mesa no 52/2015, é somente para a oitiva, por Comissões, de presos trazidos fisicamente às dependências da Câmara dos Deputados, devendo ser ressaltado que a audiência poderá ocorrer com a presença física apenas do convidado contra o qual não há restrição de liberdade. A participação do convidado preso dar-se-ia por meio de videoconferência, não havendo assim razão para cogitar a incidência das restrições contidas no Ato da Mesa n. 52/2015 sobre a realização da audiência em tela”, completou.
O parecer da presidência da comissão será levado a plenário na próxima terça-feira, 2.

Manobras

Em entrevista a O Estado, o deputado Aluisio Mendes disse achar estranha a movimentação de deputados do PCdoB, mas nenhum do Maranhão, contra a realização da audiência.
Ele diz que o
argumento dos comunistas para tentar barrar a oitiva de Bardal baseia-se em um ato casuístico do ex-deputado Eduardo Cunha – que queria evitar depoimentos de presos na Lava Jata que lhe pudessem implicar criminalmente – e que, enquanto dizem em público querer os esclarecimentos das denúncias contra Portela, nos bastidores atuam contra a tomada dos depoimentos.
“É, no mínimo, estranho esse tipo de postura dos deputados”, destacou.

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