Animais

Após clamor público, Rússia liberta primeiras baleias capturadas

Animais foram soltos no Mar de Okhotsk. Apesar da libertação, Greenpeace disse que operação não foi realizada de forma correta

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Funcionários participam de uma das etapas de soltura das baleias capturadas pela Russia
Funcionários participam de uma das etapas de soltura das baleias capturadas pela Russia (Reuters)

MOSCOU - A Rússia libertou duas baleias orcas e seis belugas ao mar o primeiro grupo de cerca de 100 animais capturados no extremo oriente no ano passado, o que causou um clamor público internacional.

Os mamíferos aquáticos foram soltos em seu hábitat natural, no Mar de Okhotsk, informou um instituto de pesquisa oceanográfica em um comunicado. Ativistas afirmam que eles foram capturados no ano passado para serem vendidos para parques aquáticos ou aquários na China.

O caso das baleias capturadas, que eram mantidas em espaços apertados, atraiu a imaginação de pessoas pelo mundo todo e levou celebridades como o ator Leonardo DiCaprio a fazer uma petição pela libertação

Na soltura dos animais, no entanto, a Rússia foi novamente criticada pelo Greenpeace Rússia e por ambientalistas que disseram que a operação não tinha sido feita de maneira transparente, e que teria sido apressada e colocado os animais em risco.

Monitoramento

O Instituto Russo de Pesquisa para Pesca e Oceanografia disse que as baleias estavam sendo monitoradas de perto enquanto eram transportadas por 1,800 quilômetros para serem libertadas, e que nenhuma delas havia sofrido.

"Veterinários realizaram todos os testes necessários antes que elas fossem libertadas, e os resultados mostraram que os animais estão em boas condições", disse o instituto.

As duas orcas, que foram libertadas separadamente das baleias beluga, estavam "nervosas" sobre seu retorno para a vida selvagem e nadaram perto da costa por horas antes de voltarem para o mar aberto, segundo a nota.

Trauma

O Greenpeace, entretanto, afirmou em nota que os animais marinhos foram transportados por uma semana em pequenos contêineres e que foram libertados sem serem reintroduzidos ao local primeiramente, o que "aumenta seriamente o risco de trauma ou morte para os animais".

A organização não-governamental disse que "o processo inteiro aconteceu em segredo" e que deveria ter envolvido cientistas internacionais e independentes.

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