Negado

Ministro do STJ nega liberdade o ex-delegado Thiago Bardal

Defesa argumentou que o ex-delegado estava sofrendo coação ilegal em sua liberdade de locomoção, mas o pedido não foi aceito pelo ministro Raynaldo Soares

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Delegado Thiago Bardal permanecerá na prisão
Delegado Thiago Bardal permanecerá na prisão (Thiago)

SÃO LUÍS - O ex-superintendente estadual de Investigações Criminais (Seic), delegado Thiago Bardal, teve o pedido de habeas corpus negado no último dia 19 pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. Bardal foi preso primeiramente em fevereiro do ano passado, suspeito de integrar um bando internacional de contrabandistas e, após três meses foi posto em liberdade, mas voltou a ser detido em novembro acusado de extorquir dinheiro de assaltantes de bancos no Maranhão e em outros estados.

O pedido foi negado pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do STJ. A defesa argumentou que Bardal estaria sofrendo coação ilegal em sua liberdade de locomoção, em razão da decisão do juiz Ronaldo Maciel, da 1ª Vara Criminal de São Luís, confirmada pela unanimidade da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Em abril Bardal, que estava respondendo a um processo administrativo na Secretaria de Segurança Pública (SSP), acabou perdendo o cargo de delegado da Polícia Civil do Maranhão determinado pelo conselho. O Estado entrou em contato com a defesa de Bardal, por meio de telefone, mas não obteve resposta.

Acusações

Em março do ano passado, Thiago Bardal foi exonerado da função de superintendente da Seic e preso. O secretário de Segurança Pública, delegado Jefferson Portela, informou que Bardal perdeu o cargo devido a acusação de fazer parte de um bando internacional de contrabandistas. Em fevereiro do ano passado, a polícia fez uma operação em um porto clandestino no povoado Quebra Pote, zona rural da capital, prendeu criminosos e apreendeu uma carga ilegal de armas, bebidas alcoólicas e cigarros.

No ato, os policiais identificaram militares, advogados e políticos envolvidos nessa ação criminosa. Um dos abordados foi o ex-vice-prefeito de São Mateus, Rogério de Sousa Garcia, que no momento está preso em uma unidade prisional, na capital. Em novembro do ano passado ocorreu nova acusação contra Bardal, desta vez sob suspeita de extorsão.

De acordo com as investigações realizadas pela Superintendência de Combate a Corrupção (Sccor), órgão da SSP, Bardal extorquia dinheiro de assaltantes de bancos. Esse crime teria começado em 2015, quando ele exercia o cargo de delegado-chefe do setor de inteligência da polícia, em Imperatriz. Segundo a polícia, o valor negociado seria em torno de R$100 mil por mês, para proteger uma das maiores quadrilha de assaltantes de banco com atuação no Maranhão, Pará e Tocantins.

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