São Luís - A orla marítima de São Luís tem recebido vários grupos de turistas, provenientes, principalmente, de diferentes cidades brasileiras. Os visitantes estão desembarcando atraídos pelos festejos juninos, que sempre despertam a curiosidade de quem vem de longe. Mas um detalhe pega de surpresa os que pisam na areia da praia e avançam até a maré no afã de cair n’água: os avisos de balneabilidade, cujas placas estão espalhadas por toda a parte e desanimam os mais aventureiros e animados.
Ontem de manhã, um ônibus de turismo estacionado na Praia do Calhau não demorou muito tempo. Afinal, a bela paisagem com mar azul e navios no horizonte seria mesmo apenas para contemplar. “Eu observei as placas, mas não vou tomar banho não. Vou fazer isso quando for aos Lençois Maranhenses, que estou muito curiosa para conhecer. Dizem que é lindo e estamos todos animados”, disse a professora carioca Teresa Cristina Caldeirone, que está em São Luís pela primeira vez.
Questionamentos - O passeio resumiu-se a fotos, “selfies” e os melhores comentários sobre a beleza de São Luís. No entanto, mais adiante, o vendedor de água de coco lamentava. “A gente fica até com vergonha, porque eles perguntam o motivo dessas placas, se a água está suja por conta das algas, se é por causa dos navios ou se é devido à população. E eu, na verdade, nem sei explicar o que acontece aqui”, comentou Luís Roberto Cunha.
Onde quer os turistas desçam no perímetro da orla da capital, haverá placas indicativas de água imprópria para o banho. Desde o fim do ano passado que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais dá alertas de balneabilidade por meio de laudos periódicos, para o desânimo dos banhistas, embora nem todos compreendam a seriedade do problema e concretizem o banho. São 21 pontos de alerta, sendo a Praia da Ponta da Areia uma das mais poluídas. Ontem, crianças e adultos se divertiam sem culpa na água convidativa da Baía de São Marcos que banha o perímetro daquela praia. “Não me importo. É um problema complicado e acho que não será resolvido tão cedo”, disse Maria Mariana Andrade.
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