Artigo

Desconstruindo a Sociedade

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

O Brasil dos tempos da OSPB ficou muito distante dos dias atuais quando se cantava os hinos nas escolas e o respeito pelos símbolos da pátria era cultivado ardorosamente, a juventude dentre tantas aspirações tinha forte vocação para a carreira militar. Época do pós-guerra em que o Brasil e o mundo enxugavam as lágrimas provocadas pelas atrocidades da Segunda Guerra Mundial em que milhões de pessoas morreram, principalmente judeus.

A disciplina nas escolas tinha o seu norte definido pelo livro de Organização Social e Política que servia para despertar um forte sentimento de amor à pátria. Por conta de tudo isso parecia que as famílias eram mais bem estruturadas na sua formação moral que resultava no respeito aos mais velhos e naturalmente aos símbolos nacionais como bandeira, hinos e autoridades constituídas. Éramos todos puros com um profundo sentimento de respeito familiar onde tomar benção, pedir licença e rezar eram partes integrantes da boa educação.

É incomparável com o que foi processado posteriormente e ao longo dos anos na cabeça de todos nós em que o Brasil e toda a América Latina foram transformados em laboratórios de questões sociais, principalmente de regimes políticos totalitários, socialistas e comunistas. Isso causou uma convulsão social e política nesses países com o surgimento de lideranças de diversos matizes. A família brasileira foi naturalmente influenciada e abalada por essa instabilidade política que culminou com o golpe de 64, muito traumático para a sociedade brasileira tão debilitada pela pobreza analfabetismo e falta de esperança.

Ficamos uma Nação instável cujos reflexos estão explícitos no comportamento da sociedade que influenciada pelos meios de comunicação flutua entre o atraso e a modernidade. Formou-se no país uma imensidão de castas inferiores, verdadeiros párias da sociedade que passaram a cultuar um líder que se popularizou por ter oferecido pão circo e implantado no país uma corrupção desproporcional e endêmica. Ou seja, estamos ainda vivenciando uma transição pós-guerra que fez do nosso país um verdadeiro laboratório de problemas sociais.

Para não perder o foco da OSPB e recordando o passado vale lembrar que a maioria das famílias tinha espírito comunitário e de solidariedade, quando era comum todos conversarem, trocarem ideias, onde meninos eram criados como homens e meninas como mulheres sem nenhum viés ideológico de raça, cor, sexualidade ou religião. É de se questionar se não éramos mais felizes antigamente em termos de valores familiares? Nunca fomos questionados nas escolas sobre posição político-partidária, o que não nos eximia de participação em movimentos dessa similaridade, dando espaço inclusive para surgimento de lideranças políticas importantes.

Ainda sobre o passado e as diabruras da modernidade é bom a gente refletir sobre passado, presente e futuro construídos e projetados por verdadeiros gênios em todos os ramos de atividade, quando sem computador e essas nuances modernas fizeram acontecer. Vale lembra grandes mestres como Einsten, Proust, Newton, Jesus Cristo, Sócrates, Aristóteles, Santo Agostinho, Platão, Maquiavel, Hobbes, John Locke, Karl Marx, Montesquieu, Rousseau, Kant, Pablo Neruda, Paganini, da Vinci, Edson e uma infinidade de gênios. Não será o Brasil um país que é contraditório em todas as suas ações quem vai ser mais moderno e avançado, quando na verdade estamos abaixo da linha da pobreza moral, artística, intelectual, política e de um modo generalizado social. Por isso é que dá saudades da turma antiga que foi genial e de fato ajudou a construir o mundo, sendo o computador reflexo dessas genialidades.

Valdemir Verde

Ex-prefeito, atual vereador de Humberto de Campos, aposentando pelo Banco do Brasil

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.