VATICANO - O papa Francisco expressou ontem, 16, sua preocupação com o aumento da tensão no Golfo Pérsico e pediu à comunidade internacional que favoreça o diálogo e a paz na região.
"Acompanho com preocupação o crescimento das tensões no Golfo Pérsico e convido todos a usar os instrumentos da diplomacia para resolver os complexos problemas dos conflitos no Oriente Médio, e faço um chamado à comunidade internacional para que dedique esforços para favorecer o diálogo e a paz", disse Francisco após a celebração do Angelus na cidade de Camerino, na região central da Itália, para onde viajou neste domingo para uma visita.
O papa se referia ao suposto ataque sofrido na última quinta-feira (13) por dois petroleiros estrangeiros no mar de Omã, a segunda ação de caraterísticas similares na região, depois que em maio outros quatro navios, dois deles sauditas, foram alvo de uma sabotagem.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, acusou o Irã de estar por trás do incidente, depois de ter perpetrado ataques similares anteriormente, e levou suas denúncias ao Conselho de Segurança da ONU.
Acusação
O príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, da Arábia Saudita, acusou o Irã pelos ataques a navios-petroleiros no Golfo Pérsico, segundo trechos de uma entrevista publicada ontem, 16.
"O regime iraniano não respeita a presença do premiê do Japão como convidado em Teerã, e respondeu a seus esforços diplomáticos atacando dois navios-tanque, um deles japonês", disse ao jornal "Asharq al-Awsat", referindo-se aos ataques de quinta-feira, nos quais o Irã negou envolvimento.
Na mesma entrevista, o príncipe afirmou que seu país não hesitaria em responder a ameaças: "Não queremos uma guerra na região, mas não teríamos dúvida em enfrentar qualquer ameaça ao nosso povo, à nossa soberania, à nossa integridade territorial e aos nossos interesses vitais."
Dois ataques registrados contra navios-petroleiros no Golfo Pérsico fizeram aumentar os preços internacionais do petróleo, em um contexto de tensão elevada entre Irã e Estados Unidos. Imediatamente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, responsabilizou o Irã pelos ataques.
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