PARALISAÇÃO

Greve Geral contra reformas altera a rotina de São Luís

Protestos foram convocados por centrais sindicais e movimentos sociais; serviços como transporte público e bancários foram suspensos; população teve que recorrer a outras alternativas

MONALISA BENAVENUTO / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Com os ônibus parados, usuários tiveram que percorrer a pé longos percursos até os locais de trabalho
Com os ônibus parados, usuários tiveram que percorrer a pé longos percursos até os locais de trabalho

SÃO LUÍS - Já nas primeiras horas da manhã de ontem (14) foram registrados manifestações de trabalhadores e grupos sindicais atuantes em São Luís. Os protestos, contra a reforma da previdência e o contigenciamentos de verbas da educação, ocorreram em diversos pontos da cidade, interditando avenidas movimentadas da cidade. Diversos serviços foram suspensos, entre eles as atividades de agências bancárias, que seguiram fechadas durante os protestos. Devido à adesão de motoristas e cobradores de ônibus, usuários do transporte público precisam buscar alternativas para se deslocar até as 9h, quando os ônibus voltaram a circular.

Sindicalistas fecharam as avenidas, impedindo a passagem de carros
Sindicalistas fecharam as avenidas, impedindo a passagem de carros

Realizada em todo o país, a Greve Geral convocada por centrais sindicais e movimentos sociais nacionais alterou a rotina da capital maranhense, tendo como principais pontos de concentração de manifestantes a BR 135. Pistas foram interditadas na Avenida dos Portugueses, Área Itaqui Bacanga e quilômetro 2 da mesma rodovia, na Vila Itamar – no sentido da saída da cidade. Para bloquear as vias, além de barreiras humanas, os manifestantes atearam fogo em pneus em ações que iniciaram por volta das 6h.

A Polícia Rodoviária Federal do Maranhão (PRF-MA) acompanhou as mobilizações que seguiram pacíficas e sem maiores conturbações até, aproximadamente, 10h, quando os bloqueios foram desfeitos e as passagem de veículos autorizada. Ainda assim, quem chegava à São Luís pelas estradas interditadas ficou pelo meio do caminho e precisou escolher entre seguir caminhando pelas vias ou utilizar transporte alternativos para concluir a viagem. Trechos ficaram congestionados durante os protestos.

Funcionários de agências bancárias públicas também optaram por aderir ao movimento e os serviços permaneceram suspensos, pelo menos, até o início da tarde. De acordo com o Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA), por se tratar de um movimento espontâneo, o retorno das atividades ficou a critério dos trabalhadores de cada agência. Bancos privados se mantiveram abertos, no entanto com corpo de funcionários reduzido.

O sistema de transporte público foi um dos serviços mais afetados pelos protestos. Com a adesão de grande parte dos trabalhadores do setor, os ônibus não saíram da garagem entre as 4h e 9h de ontem. Motoristas e cobradores que não aderiram ao movimento foram impedidos de circular com os ônibus por sindicalistas e manifestantes. Com terminais de integração praticamente vazios, não houve maiores transtornos nem aglomerações quando o serviço foi normalizado.

Motivação

Os protestos, realizados nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, foram motivados pela possível reforma da previdência, apresentada no início do ano pelo governo federal. A proposta, que tem o objetivo de equilibrar as contas do governo, evitar a quebra do sistema e combater alguns privilégios existentes no atual sistema de aposentadoria, segue em tramitação e já sofreu inúmeras alterações em seu texto base.

Outra ação do governo federal, que também tem motivado uma série de protestos e manifestações no país, refere-se aos cortes no orçamento de universidades e institutos federais, apresentado em abril pelo ministro da educação, Abraham Weintraub. Conforme a determinação, 30% das verbas de custeio das instituições – destinado à manutenção de serviços básicos como energia, água e telefonia, entre outros pagamentos.

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