Reino Unido

Johnson lança campanha pela liderança britânica

Ex-prefeito de Londres, que faz promessa de Brexit em outubro deste ano, é o favorito para suceder a primeira-ministra Theresa May como líder do Reino Unido

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Boris Johnson durante o lançamento de sua campanha, em Londres
Boris Johnson durante o lançamento de sua campanha, em Londres (Reuters)

LONDRES - O ex-prefeito de Londres Boris Johnson deu a largada em sua campanha para suceder a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, ontem, 12.

Ele prometeu tirar o país da União Europeia até 31 de outubro e alertou seu dividido Partido Conservador que "atraso significa derrota".

Johnson é o favorito para assumir o cargo mais importante da nação. Há quase três anos, ele comandou a campanha oficial de saída da UE.

Em seu primeiro ato oficial de campanha, louvou a força da economia britânica, prometeu concretizar o Brexit até 31 de outubro e combater o desespero que assola o Reino Unido.

"Depois de três anos e dois prazos vencidos, precisamos sair da UE em 31 de outubro", disse ele diante da Academia Real de Engenharia, no centro de Londres.

"Não busco um resultado sem acordo", disse Johnson, ex-secretário das Relações Exteriores e ex-prefeito de Londres de 54 anos.

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"Não acho que acabaremos com nada do tipo, mas é questão de responsabilidade se preparar vigorosa e seriamente para a falta de acordo. De fato, é surpreendente que alguém possa sugerir dispensar essa ferramenta vital da negociação".

Escândalos

Johnson, cujo estilo excêntrico o ajudou a minimizar uma série de escândalos, conquistou muitos de seu partido argumentando que só ele pode resgatar os conservadores realizando o Brexit.

Para muitos, ele só pode perder para si mesmo na disputa pelo posto de premiê – ele tem os apoiadores conservadores mais explícitos no Parlamento e é muito popular entre seus correligionários, as pessoas que decidirão o sucessor de May.

Quando lhe indagaram se ele é de confiança, Johnson disse que é. Questionado se já violou a lei, ele disse ter dirigido acima do limite de velocidade. Ao lhe perguntarem se já mexeu com drogas ilegais, ele saiu pela tangente.

Como no referendo de 2016 sobre a filiação à UE, a mensagem de Johnson é clara: qualquer outro atraso no Brexit e o Partido Conservador corre o risco de abrir as portas para um governo liderado pelo líder opositor trabalhista e socialista veterano Jeremy Corbyn.

"Simplesmente não conseguiremos um resultado se dermos a impressão de que queremos continuar cozinhando em fogo brando e tivermos mais atrasos", afirmou. "Atraso significa derrota, atraso significa ruína".

O Reino Unido pode estar rumando para uma crise constitucional por causa do Brexit, já que muitos dos candidates que querem substituir May estão dispostos a romper com o bloco em 31 de outubro sem um acordo, mas o Parlamento sinalizou que tentará evitar essa situação.

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