Julgamento

Acusado de sequestro da ex-mulher é absolvido pela Justiça

Eliezer da Cunha Reis foi a julgamento por tentativa de feminicídio e por manter a ex-mulher em cárcere privado em um motel, na Areinha, de São Luís

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

SÃO LUÍS - Foi absolvido ontem o réu Eliezer da Cunha Reis, de 37 anos, pela acusação de tentativa de feminicídio, que teve como vítima a sua ex-companheira, Weslayne Maiane Correa, de 33 anos, mas acabou condenado a três anos pelo crime de cárcere privado. O crime ocorreu em um motel, no bairro da Areinha, no dia 5 de abril do ano passado. A vítima passou mais de um mês internada no Hospital Municipal Socorrão I, no centro, correndo risco de morte.

O julgamento ocorreu no salão do 1º Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, e foi presidido pelo juiz Osmar Gomes. Representando o Ministério Público, o promotor de Justiça Luís Carlos Duarte e o advogado Petrônio Alves fez a defesa do réu, que está preso desde o dia do crime.

Durante o julgamento foram ouvidas as testemunhas, entre elas, a vítima, que ficou com sequelas no olho direito devido a um tiro. O juiz e o promotor fizeram perguntas para o acusado. Em seguida, o magistrado abriu espaço para a defesa e o representante do Ministério Público fazerem as suas alegações. Somente após esta etapa que o corpo de jurado se reuniu para decidir a sentença que foi pronunciada por Osmar Gomes.

O corpo de jurado absolveu o réu por tentativa de feminicídio, mas condenou por cárcere privado. O magistrado revogou a prisão preventiva de Eliezer da Cunha e lhe concedeu o direito de recorrer da sentença judicial em liberdade. O promotor de Justiça apelou da decisão e alegou que a decisão do júri foi contrário as provas dos autos.

Crime

Segundo a polícia, na noite do dia 5 de abril de 2018, Eliezer da Cunha se deslocou até as proximidades da residência de Weslayne Maiane, na Liberdade, em um Corsa e ao encontrar a mulher, a obrigou, sob a ameaça de morte, a entrar no carro. Ele, então, a levou para um motel, na Areinha.

Os familiares da vítima foram informados do que estava acontecendo e acionaram imediatamente a polícia, por meio do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops). Os militares realizaram rondas na e conseguiram localizar o casal no motel.

Os policiais deram início à negociação com o acusado visando a liberação da vítima sem ferimentos. Ele ainda chegou a exigir a presença de jornalistas no local, mas acabou disparando dois tiros na cabeça de Weslayne Maiane. Em seguida, ele se entregou jogando a arma no chão.

Eliezer da Cunha foi então conduzido primeiramente ao plantão de Polícia Civil do Anjo da Guarda, e em seguida à Superintendência estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), onde foi autuado em flagrante pelos crimes de sequestro e tentativa de feminicídio.

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