Turismo

Setor hoteleiro está otimista neste período junino em São Luís

Taxa média de reservas para o mês de junho é de 40%; expectativa é encerrar o mês com lotação máxima em hotéis e pousadas da capital

MONALISA BENAVENUTO / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

SÃO LUÍS - As tradicionais festas do período junino têm mobilizado o setor hoteleiro de São Luís, animando empresários do segmento. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Maranhão (Abih-MA), a taxa média de reservas para o mês de junho é de 40%. A expectativa é de encerrar o mês com lotação máxima em hotéis e pousadas da capital, porém as condições ruins de estradas maranhenses e o período chuvoso prolongado podem prejudicar o setor. Para estimular o turismo e atrair visitantes, empresários têm utilizado estratégias de comunicação e promoções.

Segundo João Antônio Barros, presidente da Abih-MA, o mercado hoteleiro ludovicense está otimista quanto ao período junino, com 38% dos quartos reservados atualmente. “Por enquanto estamos com pouco menos de 40% dos quartos reservados para o período junino, mas a nossa expectativa é superar esta previsão e, para isso, temos investido em promoções e pacotes populares”, esclareceu. Ainda de acordo com o representante do setor, os valores das hospedagens chamam atenção por estarem entre os mais baratos da região Nordeste, no entanto, o prolongamento das chuvas tem gerado preocupação.

“Os turistas que visitam São Luís estão interessados, além do turismo cultural, característico desta época do ano, no turismo de praia e sol, mas, como vemos, ainda chove bastante na cidade, o que pode afastar as pessoas. A condição das rodovias maranhenses também é um agravante e prejudica, principalmente, a recepção de turistas vindos de cidades e estados vizinhos”, ressaltou.

Investimentos
Apesar da média, alguns empresários já registram ocupação de, aproximadamente, 100% em seus hotéis, a exemplo de Alessandro Bruge, proprietário de uma pousada e um hostel, localizados na área do Centro Histórico da capital. Para ele, a continuidade de investimentos em arraiais, requalificações, decoração e segurança na área da Praia Grande possibilitaram maior atração para a localidade nos dois últimos anos, fazendo com que os visitantes optem por permanecer na cidade antes ou depois de visitas à região dos Lençóis.

“Desde o ano passado temos observado uma movimentação maior de turistas na região do Centro, inicialmente na Praça Maria Aragão e, neste ano, no Centro Histórico devido às iniciativas trazidas para cá. Manifestações muito bem organizadas, ruas bem decoradas, serviços policiais eficientes têm deixado o turista mais empolgado. Daqui até o dia 20 estaremos com ocupação de 70% a 80% dos quartos e, até o final do mês, deveremos atingir 100% em ocupação”, destacou o empresário.

Na região litorânea da capital as reservas têm se mostrado retraídas e apresentado queda de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que tem estimulado a adoção de estratégias de comunicação e vendas para atrair turistas “de última hora” à capital. Conforme apontou Armando Ferreira, gerente de um tradicional hotel localizado na Ponta d’Areia, a expectativa é de aquecimento no mês de julho.

“A ocupação neste início de mês ainda é tímida, mas como hoje temos um novo comportamento do público, onde se utiliza muito de reservas que chamamos de last minute [último minuto] em alusão às reservas de última hora por meio de plataformas online, ainda esperamos uma mobilização maior durante os próximos dias. Em 2018, nesta época, tínhamos 70% de ocupação enquanto que neste ano temos uma média de 65%. Mas temos buscado incentivar este setor, criando estratégias de vendas, com promoções e pacotes populares além divulgar produtos da cultura local para que, até julho, possamos ter um percado mais aquecido”, explicou.

Saiba Mais
Turismo nas festas populares

Depois do Carnaval, possivelmente são as festas juninas as maiores representantes da cultura popular do Brasil. Basta ver as multidões que se reúnem para celebrar São João, Santo Antônio e São Pedro, especialmente no Nordeste, mas também em todo o país. Para 2019, o Calendário Nacional de Eventos do Ministério do Turismo possui 103 eventos já cadastrados com esse perfil, em 15 estados de todas as regiões brasileiras, que se iniciam ainda neste mês e se intensificam em junho e julho. E esse número pode aumentar em até 37% até o fim de maio.

Segundo o ministro Marcelo Álvaro Antônio, o forte envolvimento das populações locais nas festas juninas impulsionam o turismo regional. “Estes eventos são importantes indutores do turismo nacional e atraem visitantes de todo o Brasil e do mundo que desejam conhecer a diversidade cultural que o país tem a oferecer. É um produto turístico que tem a cara do Brasil e está em franco processo de estruturação e consolidação”, pontuou o ministro. Neste ano, o MTur vai investir cerca de R$ 4 mi em festejos brasileiros.

A expectativa para São Luís é que cerca de 50 mil pessoas acompanhem as apresentações deste ano, que contam com mais de 500 grupos folclóricos, entre eles o bumba meu boi, patrimônio imaterial brasileiro.

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