Editorial

Paz no trânsito no Maio Amarelo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

O movimento Maio Amarelo, esforço mundial idealizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) contra a violência no trânsito, surtiu o efeito esperado na região metropolitana de São Luís. Ao longo de todo o mês passado, foi registrada apenas uma morte em acidentes automobilísticos na Ilha, uma redução drástica da média mensal de óbitos dessa natureza, que este ano ainda não havia ficado abaixo de sete. Ponto positivo para o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e para os demais organismos envolvidos e um estímulo e tanto para que as estatísticas continuem favoráveis em junho, quando as festas juninas, para além da alegria que proporcionam, tornam-se fator de risco para colisões, atropelamentos, choques, capotamentos e outras ocorrências do gênero.

Os bons resultados demonstram que o Maio Amarelo foi muito bem planejado no Maranhão. Antes mesmo do início do mês temático, a direção geral do Detran deu início à atuação incansável para estimular a paz no trânsito, a partir do tema “No Trânsito, o Sentido é a Vida”. Foram inúmeras as ações de conscientização, como panfletagens, palestras, entrevistas em meios de comunicação e exibição da logomarca da campanha em diferentes plataformas, desde o ambiente virtual às vias públicas. Massificada, a mensagem foi muito bem assimilada pelo público, o que resultou na mudança de um cenário até então alarmante.

Antes do Maio Amarelo, vinha ocorrendo, em média, uma morte no trânsito a cada quatro dias na região metropolitana de São Luís. A diminuição para apenas um óbito no mês da campanha prova que quando há compromisso e competência envolvidos, os resultados são os melhores possíveis. Congratulações à parte, cabe, agora, ao Detran, aos seus parceiros e à sociedade em geral atuarem juntos para zerar o saldo sangrento de desastres envolvendo veículos e pedestres nas ruas e avenidas. É uma missão aparentemente impossível, mas todo e qualquer esforço em busca desse objetivo é mais do que válido.

Um dos focos da campanha foi a combinação perigosa de álcool e direção. Ao abordar esse tema de forma clara e direta, a campanha atingiu em cheio o seu propósito. Com abordagens educativas em bares, restaurantes e outros espaços onde bebidas alcoólicas são habitualmente consumidas, os agentes do Maio Amarelo foram sempre direto ao ponto, alertando o público quanto as penalidades impostas pela lei de trânsito e, principalmente, para o risco de acidentes, muitas vezes trágicos, que costumam envolver pessoas que insistiram em dirigir após ingerir bebida alcoólica. Os números comprovam que a mensagem foi muito bem compreendida.

A responsabilidade compartilhada por todos que trafegam pelas vias foi outro mote trabalhado pelo movimento. Com discursos e exemplos práticos, os participantes, a maioria voluntários que doaram seu tempo e disposição à causa, procuraram fornecer a condutores de veículos, ciclistas, pedestres e passageiros a exata dimensão do problema e levá-los a uma reflexão profunda sobre a necessidade da construção de um trânsito mais seguro.

Com a chegada do período junino, sempre associado a fatores que representam maior risco de acidentes automobilísticos, é preciso ainda mais conscientização. Em meio aos múltiplos perigos da época, é fundamental que a semente plantada no Maio Amarelo germine, para que a paz no trânsito reine o ano todo, e não seja apenas uma amostra estatística.

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