Perigo

Nove pessoas foram parar em hospital após ataque de abelhas em cemitério

Vídeo mostra familiares e amigos, durante sepultamento de um antigo integrante do bloco Fuzileiros da Fuzarca, sendo atacados por um enxame

Emmanuel Menezes / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

Nesta semana, um vídeo viralizou nas redes sociais de São Luís, mostrando um grupo de pessoas sendo atacadas por um enxame, dentro do Cemitério do Gavião, localizado na Madre Deus, região central de São Luís. O fato ocorreu enquanto parentes e amigos de Bruxelas, integrante antigo do bloco Fuzileiros da Fuzarca, estavam realizando seu sepultamento. Nove pessoas foram levadas para o hospital após o ataque e mais de 50 ficaram feridas pelos ferrões dos insetos.

Membros do bloco e de outros grupos tradicionais da cidade homenagearam o antigo integrante entoando toadas de boi. O barulho dos instrumentos pode ter deixado o enxame nervoso, e o ataque aos presentes foi feroz. As abelhas, do tipo africanizada, conhecida coloquialmente como “abelha assassina”, reagem a perturbações muito mais rapidamente do que as abelhas ocidentais. Elas podem perseguir uma pessoa por mais de 400 metros e já mataram cerca de mil pessoas. As vítimas, geralmente, recebem 10 vezes mais picadas do que nos ataques de abelhas europeias.

O vídeo mostra o terror no momento do ataque. Pessoas gritam e se escondem atrás de jazigos. O massagista do Sampaio Corrêa, Joel Sá, aparece sendo carregado por amigos. Amigos do falecido Bruxelas contam que foram atacados nos braços, cabeça e pernas.

Apesar da grande quantidade de pessoas atacadas e das nove que tiveram de ser levadas para o hospital imediatamente, nenhum caso grave foi registrado.

A assessoria do Sampaio Corrêa informou, em nota, que o massagista Joel Sá foi liberado e está se recuperando em casa. Os moradores da região da Madre Deus, que têm conhecidos que levaram picadas de abelha durante a homenagem, informaram que ninguém tinha alergia às picadas e que todos passam bem.

Falta de reparos
A comunidade questionou a falta de reparos estruturais no Cemitério do Gavião. A área onde o corpo de Bruxelas foi enterrado fica nos fundos do cemitério e o local se encontra com aspecto de abandonado.

Segundo a gestora do cemitério, Maria Helena Estrela, as colmeias de abelha que forem identificadas no cemitério serão retiradas. “Entramos em contato com o Corpo de Bombeiros e eles chegaram minutos depois do incidente. Vamos iniciar um trabalho para destruir as colmeias que restam pelo cemitério”, explicou.

Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) informou que uma equipe esteve no local para fazer a retirada das abelhas da localidade, antes do incidente. No entanto, esclarece que não foi possível, devido ao sepultamento que já estava ocorrendo próximo à colmeia. A equipe do CBM retornou posteriormente para realizar o serviço, mas observou que os locais de concentração das abelhas já haviam sido queimados. De todo modo, o CBM esclarece que, caso haja necessidade de alguma intervenção desta natureza, a população pode acionar a corporação por meio do 193.

Apesar disso, o CBM não confirmou na nota já estar ciente da confirmação da gestora sobre a retirada das demais colmeias que estão espalhadas pelo cemitério.

Picadas de abelha
O tratamento para picadas de abelhas depende de sua gravidade. A maioria dos problemas que requerem atenção médica vem de uma reação alérgica à picada. Na maioria dos casos, as complicações dessa reação respondem bem aos medicamentos – quando administrados a tempo.

Para a maioria das pessoas, uma picada de abelha é apenas um incômodo. Dores agudas e temporárias, inchaço, vermelhidão, calor e coceira no local são as características mais comuns.

Se a pessoa sofre de alergia às abelhas, ou se é picado várias vezes, as picadas de abelha podem ser mais problemáticas e até fatais. A picada libera uma toxina venenosa que pode causar dor e outros sintomas. Os alérgicos à abelha são, na verdade, alérgicos a essa toxina.

Reações alérgicas graves podem causar: urticária, pele pálida, coceira severa, inchaço da língua e garganta, dificuldade ao respirar, pulso rápido, náusea e vômito, diarreia, tontura e perda de consciência.

SAIBA MAIS

Tratamentos médicos
Se você tiver uma única picada sem sintomas alérgicos, podem ser necessários apenas cuidados com a ferida local, como limpeza e aplicação de pomada antibiótica. Qualquer ferrão que permanecer será removido.
Com sintomas alérgicos moderados, como erupção cutânea e coceira, mas sem problemas com a respiração ou outros sinais vitais, podem ser tratados com um anti-histamínico. Em alguns casos, o médico administra uma injeção de epinefrina (adrenalina).
Se a pessoa tiver uma reação alérgica grave, como pressão baixa, inchaço do ar bloqueador que entra nos pulmões ou outros problemas sérios respiratórios, deverá ser tratada como uma verdadeira emergência com risco de vida. O tratamento pode incluir colocar um tubo de respiração na traqueia e injeções de anti-histamínicos, esteroides e epinefrina. Fluidos intravenosos também podem ser administrados.
Com várias picadas – mais de 10 ou 20 –, mas sem evidência de reação alérgica, a vítima pode precisar de observação prolongada no departamento de emergência ou internação no hospital. Nesse ponto, o médico pode pedir múltiplos exames de sangue.
Se a picada for dentro da boca ou da garganta, pode ser necessário permanecer no departamento de emergência para observação, ou um manejo mais intensivo, se surgirem complicações.

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