Esperantinópolis - O Poder Judiciário revogou a prisão do ex-prefeito de Esperantinópolis, Raimundo Jovita de Arruda Bonfim, o Doutor Raimundinho. Ele, em companhia do ex-secretário de Administração, Márcio Alencar Silveira, e o sócio da empresa A.R. Locadora de Máquinas e Veículos, Rodrigo Túlio Freitas Viana, o Rodrigo Rico ou Rodrigo Ostentação, foram presos durante a operação Cidade Limpa, no último dia 29, desenvolvida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público (MP) e da Polícia Civil. Eles são acusados do desvio de verba pública, com prejuízo de mais de R$ 8 milhões ao município.
A defesa do ex-gestor de Esperantinópolis impetrou um pedido de revogação da prisão do seu cliente e o juiz dessa cidade, Bernardo Luís de Melo, acabou deferido. Ainda ontem o alvará de soltura foi encaminhado para a Central de Inquérito. Raimundo Jovita estava preso na Unidade Prisional de Imperatriz.
Desvio
A assessoria de comunicação do MP informou que essa fraude vinha ocorrendo desde o início do ano de 2015. A cúpula da administração de Esperantinópolis na época, coordenada por Doutor Raimundinho, realizou uma licitação seguindo o modelo de pregão presencial, com a empresa vencedora tendo que fazer o serviço de limpeza do município.
A.R.Locadora de Máquinas e Veículos, que em 2015 tinha como sócios Rodrigo Túlio e Samuel Karlos Araújo Nobre, foi a empresa vencedora e o serviço seria prestado por R$ 1.230.000,00. O MP constatou indícios de fraudes no processo licitatório. Um deles foi referente a ausência de publicidade como também foram constatados que os documentos juntados aos autos da licitação não obedecem a uma ordem cronológica.
O MP atestou, ainda, que a empresa não tinha capacidade técnica para executar os serviços para os quais foi contratada. Além disso, o MP constatou que a A. R. Locadora de Máquinas e Veículos, na mesma administração do Doutor Raimundinho, firmou outros contratos com Esperantinópolis no valor de R$ 6.243.000,00, mas os serviços não foram executados. Evidenciou que a empresa era somente de fachada e destinada a intermediar o desvio de verbas públicas.
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