Contrabando

Polícia investiga barco encontrado em Raposa com carga de cigarros

Pescadores localizaram ontem a embarcação à deriva na praia do Mangue Seco, sem tripulantes; carga foi apreendida e a sua procedência será investigada

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Parte do material retirado do barco que foi encontrado à deriva na Raposa
Parte do material retirado do barco que foi encontrado à deriva na Raposa (Cigarro)

SÃO LUÍS - Mais de uma tonelada de carga contrabandeada de cigarro foi apreendida ontem no Maranhão. Na manhã desta quinta-feira, 30, pescadores encontraram o barco Matusalém à deriva na praia do Mangue Seco, em Raposa, carregado de cigarros.

Segundo o tenente-coronel Salles Neto, comandante do 22º Batalhão da Polícia Militar, os pescadores encontraram o barco carregado de cigarro e sem tripulantes. A embarcação tem 25 metros de comprimento e capacidade para 19 toneladas.

O caso foi comunicado a polícia, ao Centro Tático Aéreo (CTA), Corpo de Bombeiros Militar e a Marinha. Salles Neto informou que a carga apreendida foi levada para a delegacia de Polícia Civil da Raposa e entregue ao delegado Marconi Caldas que será responsável pela investigação. “A polícia precisa identificar a origem e o destino dessa carga e o proprietário da embarcação”, disse o tenente-coronel.

Mais apreensão

Os policiais militares apreenderam na última terça-feira, 38 caixas de cigarros importados, duas caixas de uísque e uma sacola cheia de cigarro em veículo Fiat Ducato, de placas OEF-6884, no povoado Palestina, zona rural de Brejo. No carro estavam Francisco Alan Vasconcelos e Vagner Silva Oliveira, que foram presos e conduzidos para a Delegacia Regional de Chapadinha.

Os detidos não souberam informar a origem da carga, disseram que tinham sido contratados para fazer o transporte da mercadoria e não havia nota fiscal. A Polícia Civil está investigando a origem e a procedência do produto.

Cerco policial

Quatro pessoas foram presas ontem acusadas de roubo de cargas no Maranhão e no Piauí durante diligências do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) e da Corregedoria da Polícia Militar piauiense. Entre os presos estão dois policiais militares do estado do Piauí.

Um deles é o cabo Wanderley Rodrigues da Silva, lotado no 17º Batalhão da Polícia Militar. No momento da abordagem ele teria reagido e ameaçado os agentes da Polícia Civil. O outro militar preso foi o soldado Bruno Costa de Oliveira, membro da Força Tática, que atua na região do bairro Promorar da capital piauiense.

O policial teria sido preso em companhia do próprio pai, nome não revelado, também suspeito de envolvimento na organização criminosa. O quarto detido foi Adolfo Cicero de Alencar Neto. Durante o cerco policial foram apreendidos três armas de fogo, entre elas uma pistola ponto 40 com numeração raspada, munições de calibres diversos, celulares e dinheiro.

A polícia informou que desde o fim do ano passado vem ocorrendo nas cidades de Timon e Caxias, no Maranhão, e no Piauí, uma série de roubo de carga. No mês de dezembro, por exemplo, mais de 100 televisores e celulares foram roubados de um depósito de uma loja. Em janeiro deste ano, um gerente de uma loja de eletrodoméstico da capital piauiense foi sequestrado e levado para um depósito para liberar celulares e TVs. Em fevereiro, o Greco conseguiu apreender uma carga de café e leite em pó roubada e avaliada em torno de R$ 1 milhão.

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