Suprema Corte

Após decisão da Justiça, ex-líder das Farc sai da prisão na Colômbia

Jesús Santrich enfrenta um pedido de extradição para os EUA e chegou a sair da prisão neste mês, mas foi novamente detido

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
O ex-líder das Farc Jesus Santrich é levado de volta à prisão de Paloquemao, em Bogotá, no dia 20 de maio
O ex-líder das Farc Jesus Santrich é levado de volta à prisão de Paloquemao, em Bogotá, no dia 20 de maio (Reuters)

BOGOTÁ - O ex-líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia Seuxis Paucias Hernández Solarte, conhecido como Jesús Santrich, que estava detido há dez dias em Bogotá, saiu da prisão ontem,30, por determinação da Suprema Corte do país, informou a procuradoria-geral colombiana pelo Twitter.

"Neste momento , a Procuradoria dá cumprimento à decisão da Suprema Corte em relação ao senhor Seuxis Paucias Hernández Solarte. O procedimento é acompanhado com medidas de segurança da Unidade Nacional de Proteção da Colômbia", diz o comunicado. A decisão do tribunal foi proferida na quarta-feira,29.

Jesús Santrich enfrenta um pedido de extradição feito pelos Estados Unidos, mas a Colômbia ainda não decidiu se o envia aos EUA ou não. Ele foi indiciado há mais de um ano por um júri americano por conspiração para exportar para o país, no ano passado, 10 toneladas de cocaína, no valor de 320 milhões de dólares (cerca de R$ 1,27 bilhão), segundo a Reuters.

Santrich tinha deixado a prisão de La Picota, em Bogotá, no dia 17 de maio, mas voltou quase imediatamente, depois que o ministério público colombiano afirmou ter novas evidências sobre o caso. No dia seguinte, ele foi levado para uma clínica após uma suposta tentativa de suicídio.

O ex-líder era um dos dez membros das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que assumiriam mandatos no Congresso, garantidos até 2026 pelo acordo de paz assinado em 2016 e que viu milhares de guerrilheiros se desmobilizarem.

Santrich, de 52 anos, foi preso antes de ser empossado, mas, como é reconhecido como legislador, seu caso teve que ser ouvido pela Suprema Corte, disse o órgão em um comunicado.

"Seria contrário aos direitos fundamentais do privilégio constitucional mantê-lo preso", disse o tribunal. "Permitir que outras autoridades que não o Supremo Tribunal de Justiça investiguem, julguem ou imponham medidas de privação de liberdade não reconheceria a dignidade de seu cargo".

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