Acusação

Boris Johnson é convocado pela Justiça por ''mentiras'' sobre o Brexit

Político afirmou que Reino Unido pagava 350 milhões de libras por semana a Bruxelas e é levado à Justiça por isso

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Boris Johnson, em um encontro de ministros de Relações Exteriores em Bruxelas
Boris Johnson, em um encontro de ministros de Relações Exteriores em Bruxelas (Reuters)

LONDRES - Um tribunal de Londres convocou o Boris Johnson, o candidato favorito para substituir a primeira-ministra Theresa May, acusado de ter mentido deliberadamente durante a campanha do referendo de 2016 sobre o Brexit. Não haverá renegociação de acordo do Brexit, diz líder da União Europeia ao Reino Unido

Os advogados do empresário Marcus Ball acusam Johnson de ter mentido em 2016, quando era prefeito de Londres, ao afirmar que o Reino Unido pagava 350 milhões de libras (US$ 440 milhões) por semana a Bruxelas.

Johnson, cuja intervenção na campanha do referendo foi considerada decisiva para a vitória do Brexit por 52%, deverá comparecer ao tribunal para responder a acusações de "má conduta em cargo público" durante uma audiência preliminar que determinará se o caso deve ir a julgamento, decidiu a juíza Margot Coleman. A data da audiência não foi anunciada.

Manobra política

"O Reino Unido nunca enviou ou deu 350 milhões de libras por semana", afirmou um dos advogados de Ball, Lewis Power, ao defender o caso na semana passada no tribunal londrino de Westminster Magistrate.

Johnson "sabia que o valor era falso e, no entanto, optou por repeti-lo, várias vezes. A democracia exige uma liderança responsável e honesta por parte das pessoas que ocupam funções públicas", afirmou o advogado.

O político, que é o favorito entre os 11 candidatos declarados para substituir May na liderança do Partido Conservador e como chefe de Governo, nega a acusação.

O advogado de Johnson, Adrian Darbishire, afirmou que a acusação é inapropriada, uma manobra política.

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